Vivemos com o que recebemos, marcamos a vida com o que damos.

25/03/2014 11:01

    Será possível viver nos dia de hoje com o salário mínimo nacional fixado no valor de R$ 724,00 reais como prevê a nossa Constituição para atender as nossas necessidades básicas. Pois assim tem sobrevivido honestamente a maioria dos cidadãos brasileiros.

 

    A indignação toma conta de todos nós. Temos recursos para financiar a construção de portos em Cuba, enviar ajuda humanitária  para       África construir majestosos estádios para receber a copa do mundo, e zelosamente tentamos encobrir mais uma vez a realidade em que vivemos.

 

    Não quero trazer a lembrança o que já é conhecido por cada um de nós cidadão brasileiro, desejo fazer uma reflexão do que considero realmente essencial a vida.

 

    Quando foi a última vez que você ajudou alguém?

    Quando colocou um tempo que você não dispunha para ajudar o seu próximo?

 

    Quando devolveu aquilo que foi achado e não é seu, ou mesmo um simples ato de estender a mão e levantar o caído, talvez tenha acompanhado alguém necessitado ao hospital e perdeu a noite de sono sabendo do seu compromisso no dia seguinte, não abrindo mão e se doando até o fim.

 

    Tais atitudes de amor marcam a vida daqueles que recebem como dos que a ofertam.

Assim creio que tem sido a atitude da maioria do povo brasileiro, apesar de toda a oposição do nosso sistema corrompido de acordo com os interesses de poucos, garanto a você que este gesto sacrificial de doação é o que de mais precioso podemos levar desta curta passagem por aqui e ainda seremos recompensados.

 

    Tento agora me colocar no lugar daqueles que detém o poder, nossos chamados governantes políticos. Aqueles que crêem não ser o suficiente o seu salário para suprir as suas necessidades, desejam mais, negociam com seus subordinados, assessores, cobrando dos mesmos a devolução de parte de seus salários, prática comum no seu meio.

 

    Esses não marcarão a vida de ninguém, ou se marcam é da pior forma, seus atos são repugnantes. Tento lutar contra mim mesmo descartando a minha incredulidade e considerando a remota hipótese que neste ano eleitoral, sejam eleitos aqueles que saberão se relacionar com o PODER, que por definição é a capacidade de produzir efeitos desejados, utilizando dessa tão cobiçada ferramenta para suprir a necessidade  do cidadão, marcando finalmente a vida do povo brasileiro, com atitudes, decisões, leis, que resgatem o orgulho que vai se perdendo de ser brasileiro.

 

 

 

 

 

MARCOS VINICIUS.

Leitor do Jornal Folha do Rio.