Trânsito de Velloso no STF foi decisivo para sondagem de Temer

A interlocução do ex-ministro Carlos Velloso no Supremo Tribunal Federal , além de sua excelente relação com a presidente da Corte, Carmen Lúcia, foram decisivos para o movimento do presidente Michel Temer nesta terça-feira de sondá-lo para o Ministério da Justiça. 

Temer quer um nome que, além de lidar com a crise de segurança pública, tenha autoridade e experiência para lidar com os demais Poderes, principalmente o Judiciário. 

Assim como fez com a indicação de Alexandre de Moraes para o STF, Temer quer evitar atritos do Executivo com a presidente da Corte, Carmen Lucia.

Velloso e Carmen Lúcia têm relação antiga. Ele foi professor da atual ministra ainda em Minas Gerais, terra de ambos.

Em junho de 2007, o STF promoveu uma homenagem ao ministro recém aposentado. Segundo informações do site do STF, em texto lido pela então ministra Ellen Gracie, Velloso lamentou não ter participado da Corte ao lado de Carmen Lúcia.

E disse que a ministra foi sua aluna ontem  e hoje era sua "mestra".

O ministro Lewandowski, que herdou seu gabinete, também prestou homenagens ao ex-ministro na sessão de junho de 2007.

Lewandowski disse que “a aposentadoria compulsória" de Velloso representou um prejuízo muito grande, "não só para o STF, mas também para a República, da qual foi um grande unificador”.


Naquela sessão, Velloso também citou sua convivência com os procuradores-gerais e advogados. E fez uma homenagem ao STF. Citando frase de Levi Carneiro, disse:  “o Supremo Tribunal Federal é a jóia das instituições republicanas brasileiras”.

"Carmen Lucia foi minha aluna e é minha amiga fraternal", disse o ex-ministro Velloso ao Blog. 
 

Ele lembrou também que, da composição atual, foi colega dos ministros na corte: Gilmar Mendes, Celso de Mello e Marco Aurélio Mello