
A temporada irregular de Fernando Torres no retorno ao Atlético de Madrid ficou em segundo plano com o crescimento do time na reta final. Hoje os Colchoneros disputam o título do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões tendo El Niño como titular do ataque ao lado de Griezmann e marcando gols importantes - como diante do Barcelona, nas quartas de final da Champions. E o ídolo do clube, para quem torce assumidamente, afirmou que ele também tem vivido dias de grande expectativa, apesar de ter um vasto currículo.
- Seria um sonho ganhar um título com o Atlético, algo que me falta. É a única coisa que me falta viver neste clube. É algo mais pessoal. Conquistei coisas que nem mesmo sonhei, como ganhar a Eurocopa e a Copa do Mundo, mas quando criança sonhei ganhar títulos no Atlético. Tive oportunidade de voltar. Nada seria comparável a ganhar um título aqui - afirmou à "Rádio Marca".
Torres, entretanto, mantém a cautela e diz que os dois títulos ainda "estão longe". No Espanhol, o time tem a mesma quantidade de pontos que o Barcelona, mas leva desvantagem no confronto direto, a três rodadas do fim. Na Champions, o Atleti construiu a vantagem no primeiro jogo das semifinais ao vencer o Bayern por 1 a 0 - entretanto, para o atacante, os bávaros ainda são favoritos para chegarem à final.
- Sem dúvida (é o favorito). Nenhum resultado que tivéssemos conseguido seria definitivo. O Bayern vencer por mais de um gol em seu campo não surpreende ninguém. É um time melhor que o Atlético, mas isso tem que demonstrar no momento exato. Demos um passo à frente, mas só um. Esperamos uma volta parecida com o segundo tempo. Prepararemos o jogo em consequência do que vamos esperar.
Tentando retomar o alto nível na carreira, depois de passagens ruins por Chelsea e Milan, Torres também é, na Espanha, uma referência da seleção nacional. Entretanto, não vem ganhando chances desde a Copa do Mundo no Brasil, quando a Roja foi eliminada na fase de grupos. O atacante deixou claro que se incomoda ao tratar do tema, mas preferiu não entrar em polêmicas.
- Estou há dois anos sem ir, não sou parte da seleção. Não significa que queira explicações. Não tenho notícias desde a Copa, é verdade. Não sei nada da seleção. Sou um torcedor, mas não me compete porque não sou parte da seleção hoje. Creio que muitos têm méritos e muitos não podem estar (na seleção). Não digo isto com duplo sentido. De verdade, prefiro não falar da seleção porque não me considero hoje parte dela, porque estou fora há dois anos. Não peço que me chamem ou não. O que eu gostaria guardo para mim, porque não quero que minhas palavras façam mal à seleção. Não tenho problemas como Vicente ou a comissão técnica.