#TiroPorradaeBomba: Os momentos de ataque entre Crivella e Freixo na Rede TV

19/10/2016 10:53
Crivella e Freixo: atques no debate da Rede TV Foto: Antonio Scorza/ Agencia O Globo
 

Candidatos à Prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) deixaram as propostas de lado, subiram o tom e partiram para o ataque no debate da Rede TV, realizado na noite desta terça-feira (18).

Já no primeiro bloco, ou melhor, round, os dois trouxeram os temas polêmicos que ganharam as redes sociais. Freixo começou logo citando o livro “Evangelizando a África”, escrito por Crivella e publicado em 2002, que contém ataques a religiões e homossexuais.

 

 

O bispo licenciado rebateu associando o partido de Freixo a black blocks, que, nesta segunda-feira (17), foram responsáveis por atos de vandalismos na Câmara do Rio. "Ontem mesmo eles foram à praça pública, manipulados pelo seu partido. Os black blocs, sob seu comando, tem as mãos sujas de sangue".

 

 

Já na réplica, Freixo trouxe o antigo caso de intolerância religiosa do evangélico Sérgio Von Helde, então bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, que chutou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, ao vivo, em um programa na TV Record.

"Não existe qualquer vínculo meu com black bloc e com qualquer violência. O seu grupo prega violência. Foi na TV que um sócio da sua empresa chutou uma santa. Vocês produzem ódio o tempo todo", revidou o psolista.

Numa tentativa de mudar o assunto, Crivella seguiu afirmando que o candidato do PSOL pretendia subir o valor do IPTU. Em tom agressivo, Freixo respondeu que é mentira, e voltou a citar o polêmico livro do adversário.

 

 

 

Na sequência, sem muito espaço para o oponente respirar, Freixo questionou sobre o apoio da ex-vereadora Carminha Jerominho, filha de Jerominho Guimarães, preso por chefia milícia na Zona Oeste.

Crivella ficou ofendido pela insinuação de que estaria ligado à milícia:

"É impressionante o que você é capaz de fazer para obter o poder. No primeiro turno estávamos conversando sobre o mal que tinha no Rio de Janeiro, os corruptos do PMDB. E eu disse a muita gente que, se não votasse em mim, votasse em você. E você agora tem coragem de dizer isso sobre um pai de família, avô e ficha limpa. Eu não vou descer o nível, não vou dizer que você é canalha, safado e vagabundo. Não farei isso. Minha vida toda é íntegra".

 

 

 

 

 

 

Como tem feito no seu programa da TV, Freixo enfatixou as alianças de Crivella com o ex-governador Anthony Garotinho e com Rodrigo Bethlem, ex-secretário de Eduardo Paes.

 

 

Crivella ironizou: "Como pode um homem dos direitos humanos condenar alguém sem julgamentos e sem provas? Ele (Bethlem) está vivendo um momento difícil e vai responder perante a Justiça. Não deve ser prejulgado, ainda mais por um paladino dos direitos humanos, que diz que bandido bom é bandido que tem os direitos respeitados.

 

 

 

 

 

 

Crivella seguiu no ataque e lembrou do caso do pedreiro Amarildo, desaparecido na Rocinha em 2013. Disse que uma ONG fez um show para arrecadar fundos em apoio à família de Amarildo, mas que parte do dinheiro foi usada para financiar a campanha de Freixo.

Enfático, o psolista acusou o adversário antiético:

 

 

No segundo e terceiros blocos, os dois respondenram a perguntas de jornalistas e espectadores, sempre com leves alfinetas um ao outro. Nas considerações finais foram mais diretos e Freixo voltou às questões das alianças e lembrou que o oponente tem evitado debates:

 

 

 

 

Crivella, por sua vez, voltou a de defender sobre os polêmicos textos escritos em seu livro “Evangelizando a África” e ainda tentou ligar Freixo ao prefeito Eduardo Paes.