Temer afirma que governo erra pouco, mas 'não é infalível'
24/11/2016 16:20O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira (24), em um evento no Palácio do Planalto, ao comentar críticas à proposta de teto para os gastos públicos, que "o governo não é infalível", mas, na opinião dele, não errou muito até o momento. Segundo afirmou, críticas "são naturais" e até ajudam o governo.
Na avaliação de Temer, se o governo federal estivesse “estático, parado, não dinamizado" até se justificaria a preocupação com os rumos do país.
“Claro, tem objeções, elas são mais do que naturais. É assim que se vive na democracia. Às vezes, as pessoas pensam que isso agride o Executivo, o governo. Ao contrário, nós até incentivamos. Democracia é isso. Você tem contrariedades da oposição. Muitas vezes a proposição da oposição, da imprensa, que seja, isto ajuda o governo. O governo não é infalível. Na verdade, até agora, acho que não erramos muito”, comentou o peemedebista.
Pela terceira vez em 24 horas, ele reafirmou que o Brasil vai sair da recessão se houver um clima de "otimismo". “Ao invés de pessimismo, otimismo. Do que o Brasil precisa é otimismo”, enfatizou.
Ajuste fiscal nos estados
Em meio ao discurso, Michel Temer também ressaltou que não adianta o governo federal conter seus gastos se os estados não buscarem alternativas para equilibrar as contas.
Ele fez o comentário no momento em que relatava as negociações para reforçar o caixa dos governos estaduais em troca de medidas de ajuste fiscal.
Temer destacou que, na reunião da última terça-feira (22) com os governadores no Planalto, o governo condicionou o socorro financeiro aos estados ao apoio dos governadores às medidas apresentadas pelo governo dele para tentar reequilibrar as finanças da União, entre as quais a PEC do teto de gastos.
"Convenhamos, o Brasil é uma federação. Não adianta União conter os gastos se os estados e os municípios não o fizerem. Então, nessa última reunião com os governadores nós ajustamos uma forma de auxiliá-los no final de ano e também ajustamos uma fórmula de ajuste fiscal nos próprios estados", advertiu Temer.O presidente ressaltou que o Executivo federal documentou por escrito o compromisso dos governadores.
"Ou seja, esta havendo agora um diálogo tão acentuado entre a União e os estados que isso reforça a federação para enfrentar uma crise da qual logo saíremos", complementou.