Romarinho tenta escrever sua história no Vasco: "Só o jeito de andar é igual".

É inevitável: qualquer um que olha para Romarinho vê uma cópia mais nova de Romário. O jeito de falar, de andar e o olhar são parecidos. Mas as semelhanças param por ai. De volta ao Vasco após dois anos, o filho do Baixinho quer escrever a sua própria história. Mesmo que não se incomode de responder sempre às mesmas perguntas sobre o pai famoso.

Em campo, as características também são distintas. Matador, Romário ficou conhecido pela frieza dentro da área, a habilidade e ainda velocidade. Marcou 1002 gols na carreira. Em sua apresentação, o filho brincou ao dizer que estava a 950 gols do pai. Mas Romarinho deixou claro que seu estilo de jogo é outro.

Romarinho na pré-temporada em Pinheiral: felicidade pela volta para casa.

- Só o jeito de andar é igual (risos). A personalidade não é, o futebol não é... Eu procuro pensar duas vezes antes de falar, sou mais calmo também. Sou jogador de explosão e gosto de jogar pelos lados do campo. Se tiver a chance, tento fazer o gol. Mas não me preocupo em ser o artilheiro. Passo a bola para quem estiver melhor posicionado e quero a vitória do meu time. A verdade é que igual ao meu pai nunca vai ter. Por isso quero escrever a minha própria história - garantiu o atacante.

Foram dois anos longe de São Januário. Revelado no clube, Romarinho deixou o Rio de Janeiro no fim de 2012 e acertou com o Brasiliense. Na época, Romário não poupou críticas ao então presidente Roberto Dinamite. O atacante, no entanto, pediu para esclarecer a questão e frisou que nunca foi dispensado.

- Queria falar disso porque vejo as pessoas falarem que eu fui dispensado e isso nunca aconteceu. Eu estava encostado, sem chances e pedi para sair quando surgiu a chance de ir para o Brasiliense. Foi uma decisão por impulso. Quando saí, fiquei triste. Tinha uma vida no Vasco. Mas nunca carreguei mágoa do clube - avisou.

Jornal Folha do Rio.