Queimadas no RJ quase dobram em relação ao ano passado.

17/10/2014 10:41
 
 
 
 
 

Os incêndios nas matas estão ocorrendo com muito mais frequência do que no ano passado. Como mostrou o Bom Dia Rio nesta sexta-feira (17), houve 10.327 focos de incêndio entre janeiro e setembro deste ano. No ano passado, foram 5.262 casos no mesmo período – o que representa quase o dobro, com 96% de aumento.

O risco de novas queimadas aumenta com o tempo seco. O Parque Nacional da Pedra Selada, no Sul Fluminense, sofre com a destruição da vegetação desde o começo da estiagem. Delimitado há dois anos, um dos poucos focos remascentes de Mata Atlântica do estado sofreu cinco focos no ano passado. Neste ano, o número já triplicou.

“Ano passado foi um ano mais úmido, um ambiente mais chuvoso. Esse ano deve ter um verão muito seco e o pessoal já tem a prática de colocar fogo para limpar pasto ou acidentalmente”, explicou o guarda parque Thiago Amaro.

Agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizam o trabalho de educação ambiental com a população das cidades em volta da área de preservação para evitar mais casos.


São 200 bombeiros por dia, 20 carros e quatro aeronaves de plantão. Um gabinete para gerenciamento de crises foi criado pela corporação para planejar as ações.

No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na Região Serrana do estado, o fogo na mata já castiga a população há 10 dias. A destruição da vegetação já chegou a 600 hectares, equivalente a 3,2 mil campos de futebol, dentro e fora do parque. As cidades que ficam dentro dos limites da área de preservação - Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis – já receberam reforço nas equipes de Corpo de Bombeiros.

Em Petrópolis, labaredas chegaram perto de condomínios residenciais. Apesar do controle dos bombeiros, a vegetação seca está apta para novos focos de incêndio.  Para o comandante geral do Corpo de Bombeiros da Região Serrana, Roberto Robadey, a maior dificuldade nesta região é o relevo da natureza.

“Maior dificuldade é a natureza. São encostas íngrimes, muito altas. Em quase 30 anos de bombeiros eu nunca participei de uma operação com tantos recursos. São cerca de 600 bombeiros mobilizados, divididos em equipes diárias de 200 homens. A gente acredita que, com dois dias de combate, tudo se mantendo nas condições atuais, vamos conseguir debelar esses vários focos que atingem essa região.”

 

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.