
Na última segunda-feira, a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), acusada de escalar o meia Héverton de forma irregular. A decisão de primeira instância colocou a Lusa na Série B e salvou o Fluminenseda queda. Mas nada está totalmente definido. O time paulista aguarda o julgamento do recurso para se manter na elite nacional, em sessão no Pleno no próximo dia 27, enquanto o Tricolor carioca espera a definição para se planejar. O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, reclama da demora para que possa traçar os rumos do clube em 2014.
- Só atrasa o próprio planejamento do clube a demora de uma decisão sobre o resultado que vai gerar um planejamento para Série A ou Série B - disse o dirigente, que entre as pendências no aguardo da decisão judicial está o anúncio do novo treinador, já que Dorival Jr. foi demitido ao fim do Campeonato Brasileiro desse ano. As especulações giram em torno dos nomes de Ney Franco, Tite e Renato Gaúcho.
- (A escolha do novo treinador) É uma discussão um pouco mais complexa, tendo em visto essa diferença de investimento, custo e perfil de time. O Fluminense teve um desempenho esportivo muito ruim no segundo semestre e esta foi a realidade do clube. O trabalho para o ano que vem que tem que ser feito é em cima de um resultado positivo em qualquer série que o Fluminense jogue.
Apesar de beneficiado pela decisão, o Fluminense também tem “cumprido pena”. Torcedores do clube têm sido hostilizados nas ruas, inclusive com agressões, em meio às acusações de “virada de mesa”. Peter Siemsen espera que esta hostilidade acabe e lembra que o clube não teve qualquer relação com a pena aplicada à Portuguesa.
- O maior punido nessa história toda, definitivamente, foi o Fluminense, e nós vamos ter que trabalhar muito duro para que essa onda termine o mais rápido possível. O Fluminense não teve qualquer relação política ou engendrou qualquer envolvimento com pessoas para que pudesse motivar uma denúncia. Criou-se um clima de que o Fluminense é responsável por uma coisa que ele não tem nenhuma relação. Tivemos notícias de agressões principalmente a crianças e adolescentes, com grupos querendo tirar a camisa de torcedores, agredindo verbalmente, criando um constrangimento, isso certamente é um tipo de violência que não aceitamos - concluiu.
Jornal Folha do Rio.