Prefeitura de Japeri terá que devolver R$ 900 mil de contrato com lava jato.
17/05/2016 10:29O prefeito de Japeri, Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor (PSD), e o Lava Jato Mucajá terão que devolver R$ 900 mil aos cofres municipais — por causa de irregularidades encontradas em contratos para a lavagem de carros oficiais, assinados entre 2011 e 2014.
Segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o número de carros a serem lavados não foi informado, assim como não foi designado um funcionário da prefeitura para fiscalizar o serviço.
Japeri não informou as placas de oito veículos de sua frota, nem os números dos chassis de outros sete. Fora que seis carros não existem no site do Detran e dois constam com modelo diferente.
Para piorar, o TCE afirma que a empresa, registrada como Simonace Borracharia e Lava Jato, teve o fornecimento de água cortado em 2009 e não respeita exigências ambientais.
Renovação
Em 2015, o município renovou mais uma vez o contrato com o lava jato: por R$ 425.544 e um aditivo de R$ 106.386.
De acordo com a tabela de preços fornecida no local, esse valor permitiria lavar 2.216 carros por mês — ou 73 por dia.
Porta-voz e pré-candidato
Durante a primeira inspeção feita TCE, quem respondeu a todas as perguntas dos auditores técnicos foi Fábio Gomes da Silva, mais conhecido na cidade como como Fabinho do Guandu.
Apesar de ter assumido o papel de “porta-voz”, ele negou ser empregado do lava jato.
Secretário de Governo de Japeri, Fabinho do Guandu é o pré-candidato do prefeito Timor à sua sucessão.
Em família
Já na segunda visita dos auditores do tribunal, foi Fabrício Gomes da Silva, irmão do moço, quem se apresentou como representante da empresa.