
Uma operação da Polícia Militar ocorre na comunidade da Rocinha, Zona Sul do Rio, desde a noite de segunda-feira (3). Como mostrou o Bom Dia Rio nesta terça-feira (4), carros da PM e do Batalhão de Choque (BPChq) patrulhavam os acessos da comunidade por volta das 7h. Segundo a corporação, a polícia fez um cerco na comunidade por volta das 22h, mas entrou no local somente no fim da madrugada. Durante a ação, os agentes foram recebidos a tiros por criminosos. Não havia informação sobre feridos.
Cerca de 900 alunos da rede municipal tiveram as aulas suspensas na comunidade, informou a Secretaria Municipal de Educação. Já os alunos das unidades escolares pertencentes ao Estado não foram prejudicados.
Segundo a PM, pelo menos 150 policiais participavam da operação, que tinha como objetivo checar informações coletadas pelo setor de inteligência da UPP. Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), de Ações com Cães (BAC), além do Grupamento Aeromóvel davam apoio aos agentes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A corporação informou ainda que havia mandados de prisão para serem cumpridos no local.
Uma secretária do Ciep Doutor Bento Rubião, que preferiu não se identificar, disse ao G1 que cerca de 30 funcionários da escola não subiram as ruas da Rocinha por medo do confronto.
"Quem chegou por volta das 8h preferiu não subir, por medo dos tiros. Teve gente que conseguiu chegar, mas umas 30 pessoas ficaram aqui embaixo, perto da Vila Olímpica da Rocinha", explicou.
No início da manhã, fogos de artifício eram lançados dentro da Rocinha, com o objetivo de alertar os traficantes sobre a presença da polícia. Ainda não havia a informação sobre presos.
No mesmo horário, a Auto Estrada Lagoa-Barra tinha trânsito intenso no sentido Zona Sul. A Avenida Niemeyer, ligação entre São Conrado e Leblon, apresentava lentidão no tráfego.
Jornal Folha do Rio.