O comando das UPPs vai aumentar de cinco para dez o número de policiais nas patrulhas a pé nas comunidades pacificadas. A decisão foi tomada depois da morte do soldado Melquisedeque Basílio, no sábado (2), no Parque Proletário, na Penha, durante confronto com traficantes.
Como mostrou o Bom Dia Rio, o comando das UPPs atribuiu os conflitos recentes à mudança na estratégia de policiamento nas áreas pacificadas. Os policiais foram orientados a fazer rondas a pé em becos e vielas. O coordenador das UPPs determinou o reforço das equipes para dar mais segurança aos policiais.
As patrulhas passarão a ter dez PMs em vez de cinco. Além do reforço na segurança, o coordenador das UPPs também defendeu a investigação dos traficantes.
A Polícia Civil informou que tem investigações em andamento em todas as áreas pacificadas.
Dezenas de policiais patrulhavam nesta segunda-feira (4) os acessos das Favelas Vila Cruzeiro, Parque Proletário, Grota, Nova Brasília e Morro do Adeus. Segundo a Polícia Militar, a segurança na Avenida Itararé foi reforçada porque ela é uma das mais importantes da região e cruza os complexos da Penha e do Alemão.
A ação da PM foi depois de um fim de semana violento. No sábado (2), o soldado da UPP Melquisedeque Basílio morreu em uma troca de tiros com bandidos no Parque Proletário.
Ele foi o sétimo PM morto em serviço em áreas de UPPs desde o início da implantação do projeto, em 2008, e o terceiro caso nos últimos três meses.
Na Rocinha, moradores também reclamaram em redes sociais de tiroteios no último fim de semana. Setenta PMs que trabalhavam na UPP foram transferidos. Alguns deles disseram que não se sentiam mais a vontade para trabalhar na comunidade após o caso Amarildo.
Jornal Folha do Rio.