Náutico, pior lanterna dos pontos corridos, recebe o Vasco no Recife.

A partida na Arena Pernambuco, às 21h (de Brasília) desta quinta-feira, reúne dois times em jejum de vitória. O Vasco, muito perto da zona de rebaixamento, vem de duas derrotas e dois empates no Campeonato Brasileiro, que está na sua 18ª rodada. Mas nada se compara ao Náutico: são seis derrotas e um empate. A sequência negativa transformou o time no pior lanterna na era dos pontos corridos, desde 2003.

São oito pontos somados em 16 partidas disputadas, um aproveitamento de 16,7%. Os últimos colocados que mais se aproximaram disso foram o América-RN em 2007 (dez pontos em 16 rodadas) e Atlético-GO e Figueirense no ano passado (11 pontos). O time de Jorginho vem de cinco derrotas consecutivas, sendo três delas no Recife.

O Vasco, mesmo sem conseguir vencer, encara como motivação o fato de ter feito partidas disputadas contra equipes que ocupam os primeiros lugares do Brasileiro. Foram os casos de Cruzeiro e Corinthians, principalmente.

Náutico: sem tempo para trabalhar, Jorginho não comandou um treino sequer para o jogo desta quinta-feira, já que o time entrou em campo na terça, na derrota por 1 a 0 para o São Paulo. No entanto, o técnico demonstrou satisfação com a equipe e deu a entender que repetirá a base. A única mudança pode ser o retorno do zagueiro João Filipe. O Náutico deve entrar em campo com Ricardo Berna, Auremir, João Filipe, Leandro Amaro e Bruno Collaço; Elicarlos, Martinez, Helder, Tiago Real e Morales; Olivera.

Vasco: Dorival Júnior preferiu não divulgar a escalação, ainda preocupado com uma questão médica no time, que foi mantida em sigilo. No entanto, é certo que Willie continuará entre os titulares. O meia Pedro Ken volta a ser opção do treinador. O Vasco deve iniciar a partida com a seguinte escalação: Diogo Silva, Fagner, Cris, Jomar e Henrique; Abuda, Wendel, Juninho e Marlone (Pedro Ken); Willie e André.

Náutico: o único desfalque do Náutico para o jogo desta quinta é o lateral-direito Maranhão, que se recupera de uma cirurgia que fez no joelho esquerdo.

Vasco: Rafael Vaz e Yotún receberam o terceiro cartão amarelo na derrota para o Cruzeiro e estão fora. O lateral, inclusive, está com a seleção peruana, que disputa as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014. No departamento médico seguem Bernardo, Guiñazu, Luan, Rodolfo e Sandro Silva.
 

Náutico: Auremir, Bruno Collaço, Jones Carioca e Martinez.

Vasco: Abuda, Fagner, Jomar, Luan e Sandro Silva.
 

Jaílson Macedo Freitas (BA) apita o jogo, auxiliado por Kléber Lúcio Gil (SC) e Fábio Pereira (TO). O árbitro já atuou em seis partidas da Série A deste ano, mas nenhuma que envolvesse Náutico e Vasco. Ele tem média de 3,3 amarelos e aplicou dois cartões vermelhos. Assinalou um pênalti e marca 31,8 faltas a cada jogo. O campeonato tem média de 4,3 cartões amarelos e 0,3 cartão vermelho por jogo. Além disso, são 34,2 faltas e 0,2 pênalti por confronto.
 

Náutico: na lanterna do Brasileirão, o Timbu precisa desesperadamente da vitória para diminuir a diferença de pontos para os rivais que brigam contra o rebaixamento. Porém, o ataque não tem sido muito eficiente. A equipe é a nona que mais finaliza (13 por jogo), mas só marcou nove gols em 16 partidas.

Vasco: após cair diante do líder Cruzeiro no Mineirão, o Vasco faz outra partida fora de casa. Mas o retrospecto como visitante contra o Náutico não é animador. A última vitória cruz-maltina sobre o Timbu longe dos seus domínios, por Brasileiros, aconteceu há 30 anos. Para quebrar a escrita, é bom os cariocas ficarem ligados na linha de impedimento. Os jogadores vascaínos já foram flagrados em posição irregular 48 vezes, perdendo apenas para São Paulo, Ponte Preta e Goiás.
 

 

Em 31 de agosto de 1986, o Náutico recebeu o Vasco no estádio do Arruda, no Recife. O Cruz-Maltino tinha craques como Roberto Dinamite, Geovani e Romário, mas quem se destacou foi o atacante Moreno, autor do único gol da partida, dando a vitória ao Timbu. A equipe pernambucana não vencia o Vasco desde 1973, ou sete partidas

Jornal Folha do Rio.