MP-RJ denuncia 17 envolvidos no ataque à UPP Arará/Mandela, no Rio.

28/05/2014 09:53
 
 
 
 
Policiamento é reforçado após o comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos, Gabriel Toledo, ser baleado e a sede da unidade incendiada na noite desta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, RJ (Foto: Ale Silva/Futura Press)Sede da UPP Arará/Mandela também foi incendiada.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou, através de sua assessoria de imprensa, que denunciou, terça-feira (27), 17 acusados pelo ataque à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Arará/Mandela, em Benfica, na Zona Norte. Em 20 de março, por volta das 23h, os denunciados garantiram as condições para que um grupo de 150 pessoas não identificadas destruísse duas viaturas policiais e cinco contêineres da UPP, usando inclusive coquetéis molotov. Os denunciados vão responder pelos crimes de roubo e incêndio.

Segundo o promotor Sauvei Lai, da 30ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal, os 150 comparsas se aproveitaram da destruição e utilizaram meios violentos para roubar documentos, aparelhos celulares e computadores dos policiais militares.

Ainda de acordo com o MP, a invasão teria sido uma ordem dos traficantes denunciados José Benemário de Araújo, conhecido como “Benemário” ou “Coroa”; Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o “Marcelo Piloto”; André Luiz Cabral dos Santos, o “Lacraia”; e Bruno Lopes Gonçalves da Silva, o “Bulau”.

Outros 11 denunciados, entre eles Johni do Espírito Santo, o “Johni Peças”, e Adilson de Lima, o “Galeguinho” ou “Salsicha”, também incentivaram, segundo o promotor, a prática dos crimes, por fazerem parte da multidão que invadiu e incendiou a UPP, portando pedras, paus, garrafas, coquetéis molotov e armas de fogo, bem como gritando palavras de ordem como “vai morrer, polícia!” e “taca bala na UPP”.

Naquela mesma noite, liderados por dois dos denunciados, Rodolfo Silva, o “Pirata”, e Claudevan Alves, o “Carioca”, os 50 integrantes do primeiro grupo que encurralou os PMs trocaram tiros e feriram o capitão Gabriel Marinho de Toledo, sendo a tentativa de homicídio apurada em inquérito policial próprio, que tramita no II Tribunal do Júri da Capital.

 

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.