Melhor do mundo, Duda curte fama e carinho dos fãs: "Está gostoso".
26/02/2015 15:42A rotina de Eduarda Amorim ganhou um novo ritmo após ser premiada como a melhor jogadora de handebol do mundo em 2014. O tratamento da lesão no joelho esquerdo continua sendo o foco, mas a campeã mundial passou a dividir seu tempo também entre as comemorações pela conquista e os compromissos com imprensa e patrocinadores. Nesta quinta-feira, Duda participou do Globo Esporte e foi um dos destaques do programa. Nos bastidores, a armadora disse estar curtindo o momento de fama no Brasil.
A armadora é uma estrela na Hungria, onde defende o Gyor e é bicampeã da Liga dos Campeões da Europa. Em Gyor, a brasileira já é uma estrela, reconhecida na rua por ser peça fundamental da principal equipe esportiva da cidade - o time da cidade é o atual bicampeão europeu. Se vai a um restaurante, não raras vezes encontrar torcedores que a elogiam e cobram bons resultados. Muitos são fanáticos, e investem muito para acompanhar o Gyor em jogos Europa afora. No Brasil, ela já era idolatrada pelos fãs de handebol e em Blumenau, sua cidade natal. Agora, Duda vê crescer o carinho dos torcedores brasileiros.- Eu já vivia isso na Hungria, de toda hora ir para a TV, fazer eventos. É diferente aqui no Brasil. Como as pessoas não conhecem ainda muito o handebol, é diferente. Estou aproveitando muito. Está gostoso - disse Duda.

- Acho que aumenta cada vez mais no Brasil. Na Hungria sempre teve. O pessoal lá simpatiza com o meu trabalho e o meu jeito brasileiro de ser. Aqui no Brasil, agora que está ganhando popularidade, vou adquirir mais fãs. Isso é gostoso, é bom para a modalidade. Dar uma melhorada por minha causa, ou por causa da Alexandra (Nascimento, melhor do mundo há dois anos). É sempre positivo.
Entre exercícios de fisioterapia, entrevistas e compromissos como sessão de fotos para um patrocinador, Duda comemora o título de melhor do mundo. A primeira celebração foi um jantar com o marido, o macedônio Dean Taleski. A noite desta quinta-feira está reservada para uma “churrascada” com as amigas em São Paulo. A festa ainda passa por uma visita à melhor amiga em Porto Alegre neste fim de semana para enfim chegar a Blumenau no fim de março.

Se fora de quadra as mudanças aos poucos vão aparecendo para Duda, dentro de quadra a armadora não crê que o rótulo de melhor jogadora do mundo vá pesar.
- Acho que não vai mudar muito dentro de quadra. Eu já estava em um contexto no Gyor e na seleção com uma participação maior, então o estilo acho que vai ser o mesmo. Não vai mudar muita coisa. Às vezes os europeus nem dão muita bola para isso. Há muito tempo eu disputo partidas de alto nível, então acho que não vai aumentar a marcação.
Quase três meses depois de passar por uma cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Duda não está na lista do técnico Morten Soubak para os Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho - o tempo de recuperação da lesão da armadora é de seis a oito meses. Ela, porém, tem tudo para estar entre as convocadas para o Mundial da Dinamarca, em dezembro, quando o Brasil defenderá o título conquistado na Sérvia, em 2013.