
O volante Mauro Silva conhece o caminho para um título de Copa do Mundo. Na década de 1990, ele viveu desde a vaga nas Eliminatórias até a conquista do tetracampeonato do Brasil em 1994. Por isso, o ex-atleta acompanha de perto os passos da seleção de Tite em busca do hexa no Mundial de 2018.
Até o momento, Tite não sabe o que é empate ou derrota à frente da seleção. Foram seis jogos e seis vitórias. São 17 gols marcados e apenas um sofrido.
Como um dos líderes do elenco de 1994, Mauro Silva comemora. Mas pede atenção com o excesso de confiança. Até porque nos últimos dois mundiais conquistados, o Brasil era alvo de críticas.
- O início do trabalho do Tite é incrível. Era impensável essa série de vitórias e o resgate de um momento mais tranquilo e de confiança. Mas tudo tem os dois lados. Você tem que pensar que em 1994, a seleção deixou o Brasil desacreditada, em 2002 também foi assim. É preciso controlar a euforia, ter muita humildade - disse o jogador durante um jogo festivo em Taubaté, no interior de São Paulo.
Atualmente, Mauro Silva trabalha na Federação Paulista de Futebol exercendo a função de ajudar equipes do interior a se sustentarem ao longo do ano.
- Se a gente elitizar o futebol, vamos diminuir o número de jogadores. Os clubes do interior sempre formaram muitos jogadores até por uma questão de estrutura urbana. As grandes cidades têm poucas estruturas para prática do esporte. As pequenas cidades têm os campinhos de várzea. Um estado como São Paulo com 40 milhões de pessoas é do tamanho de uma Espanha, por exemplo. Precisa ter um futebol forte - afirmou o ex-jogador.