Maranhão reassume Câmara e diz que trabalhará por quórum nesta segunda

17/10/2016 14:25

De volta ao comando da Câmara dos Deputados interinamente, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) afirmou que conduzirá a sessão prevista para esta segunda-feira (17) e que trabalhará para que haja quórum no plenário da Casa.

Com a viagem oficial de Michel Temer à Asia, o presidente da Câmara Rodrigo Maia assumiu interninamente a Presidência da República e está despachando do Palácio do Planalto nesta semana, já que, com o impeachment de Dilma, o país não tem um vice-presidente para assumir o posto. Maia, portanto, passa a ser o primeiro nome na sucessão presidencial. Com isso, Maranhão retoma o posto de presidente da Câmara.

"Sim, com certeza [presidirá a sessão]. Primeiro, vou trabalhar para atingir o quórum, e tendo quórum, vamos atingir o objetivo [de realizar a sessão]", disse Maranhão.

Ele chegou a anular, em maio, a votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, mas acabou recuando em seguida. Em junho, revogou um ato da Mesa Diretora da Casa que limitava o número de servidores que podiam fazer hora extra. Diante da repercussão negativa, também voltou atrás. Vice-presidente da Câmara, Maranhão ocupou interinamente o posto mais alto da Casa quandoEduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado do cargo. No período, colecionou polêmicas.

Com a série de polêmicas, os líderes partidários decidiram que as sessões seriam comandadas pelo primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP).

Questionado sobre se a resistência ao nome dele, observada durante o período em que assumiu interinamente a Câmara, passou, Maranhão respondeu afirmativamente. “Na vida, tudo passa”, disse.

 

Sessão
Na pauta desta segunda, está prevista a votação de uma Medida Provisória que autoriza policiais militares e bombeiros militares inativos há menos de cinco anos a participarem da Força Nacional de Segurança Pública.

Para terça-feira, está agendada a conclusão da análise do projeto que retira da Petrobras a obrigação de ser a operadora única do pré-sal.

Maranhão disse ainda que não há acordo para votar o projeto que traz mudanças à lei da repatriação. Na última semana, não houve acordo para que o texto fosse votado e Rodrigo Maia disse que não o pautaria novamente. Apesar disso, ele admitiu que, se houver acordo entre partidos, o projeto pode ser votado nesta semana,