Manifestantes voltam a acampar em frente ao prédio do governador do Rio.

29/07/2013 11:20
Manifestantes retornam para a porta de Sérgio Cabral na manhã desta segunda (29) (Foto: Alessandro Buzas / Futura Press/Estadão Conteúdo)Manifestantes retornam para a porta de Sérgio Cabral na manhã desta segunda (29).

Os manifestantes voltaram a ocupar a esquina da Rua Aristides Espínola, no Leblon, na Zona Sul do Rio, onde mora o governador Sérgio Cabral. O grupo havia deixado durante a madrugada, de acordo com informações da Polícia Militar, mas retornou às 9h desta segunda-feira (29).

Grupo de manifestantes ocupa uma das faixas da avenida Delfim Moreira, no Leblon (Foto: Glauco Araújo/G1)

A segurança foi reforçada no bairro. Uma parte do grupo queria acampar em frente à casa do governador. Mas acabou saindo ainda durante a madruga da, segundo a polícia.

Um grupo de manifestantes ocupa uma das faixas da avenida Delfim Moreira, no Leblon, no cruzamento com a rua Aristides Espinola. Alguns manifestantes usam máscaras. Eles pedem mais dinheiro para saúde e educação. 

Durante a noite, eles deram a volta no quarteirão onde fica o prédio no qual o governador reside, sempre acompanhados de perto por policiais. Em frente a uma loja de roupas, depredada no dia 17 de julho por um grupo de baderneiros após outro protesto, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio e não houve registro de confusão.

Manifestantes deitam em frente ao prédio do governador Sérgio Cabral (Foto: Alessandro Buzas/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Policiais sem identificação — e somente com números e letras na farda — dialogaram com manifestantes e fizeram revistas para garantir as intenções não-violentas dos manifestantes. Num certo momento, um dos policiais foi aclamado pela multidão e um manifestante chegou a usar o boné do agente.

Até pouco antes da meia-noite, uma advogada tentava convencer o grupo a não armar barracas na via, por temer que o Batalhão de Choque da Polícia Militar usasse força excessiva para liberar o tráfego no local pela manhã. No final da noite, manifestantes compartilhavam, água e biscoitos para aguentar a "vigília". Entre as reivindicações deles, o fim da polícia militar, o impeachment do governador e respostas sobre o pedreiro Amarildo, sumido há duas semanas na Rocinha após prestar depoimento para policiais da UPP.

Estiveram presentes também advogados da OAB e membros da Auditoria Militar do Ministério Público para assegurar os direitos do ato.

Entre os pedidos dos manifestantes, o fim da polícia militar (Foto: Gabriel Barreira/G1)