Mancu, Patrick, Sheik... Os fatores que fazem Muricy rever o esquema no Fla.
04/04/2016 09:55A sequência de seis jogos sem vitória provoca reflexão. Mesmo que silenciosa. O esquema definido por Muricy desde a pré-temporada é o 4-3-3 e se apoia no sucesso e na velocidade da trinca da frente, com Emerson Sheik pela esquerda, Marcelo Cirino na direita e Guerrero centralizado. Funcionou bem em alguns jogos, mas quando a exigência e as dificuldades eram bem menores. Contra o Botafogo, pela primeira vez no ano, o treinador fez mudanças no sistema de jogo. A volta de Mancuello, que será preparado para retornar à equipe no sábado contra o Boavista, em Volta Redonda, e a ascensão de Alan Patrick, combinada à queda de desempenho de Sheik, provocam a possibilidade de mudanças no esquema de Muricy.
Após empate contra o Botafogo – 2 a 2 do último sábado em Juiz de Fora -, o treinador comentou que queria “mudar alguma coisa no time”, embora atribuísse a mexida também às condições físicas de um trio descansado em campo – Cuéllar, Cirino e Alan Patrick, que não começaram o jogo contra o Vasco. A mexida, que foi feita sem treino, como ressaltou Muricy, indica que as ideias do treinador estão em atualização. Depois da eliminação para o Atlético-PR, na Primeira Liga, Muricy deu a entender que mudaria pouco o esquema e que dificilmente alteraria a rota do plano de jogo quando tivesse os jogadores que considera titulares à disposição.


- - Pode mudar em algum jogo ou outro. Se todos tiverem aptos, vai jogar dessa maneira (4-3-3). É a característica do nosso time, que tem jogadores rápidos de lado do campo – dizia o treinador, na ocasião da derrota para o Furacão, em jogo disputado também na cidade mineira.
Eleito melhor meia do time, “único 10 que a gente tem que pensa o jogo”, Alan Patrick parece que ganhou a posição com as boas partidas contra o Vasco e ao Botafogo – deu passe para um gol, marcou o dele e mexeu no estilo de jogo do time. Muricy ressaltou que Patrick e Cirino foram titulares contra o Botafogo por mérito, pois entraram bem contra o Vasco. Com a pancada que Ederson levou – será reavaliado hoje, junto com Guerrero – e o retorno de Mancuello, o camisa 10 e Sheik estão mais próximos do banco de reservas.
- No primeiro tempo deixei Cirino solto, por dentro, para mudar um pouco o esquema. Botei dois meias. Depois ele (Cirino) abriu e me deu diagonais boas, que é o forte dele – disse o treinador, antes de comentar a decisão de colocar Sheik no banco e a mudança tática. – A ideia era para mudar alguma coisa no time. E também a gente vê tudo. A parte física, a parte tática. Queria o Cirino livre na frente, junto com o Guerrero, para não ficar isolado e com dois meias, para ver como se portavam. Até que se portaram bem. Foi bom ver maneira de jogar diferente. Se não mudar, fica previsível. Semana que vem vamos ter mais opções, teremos a volta do Mancuello.