Luta, assistência, cansaço e lesão: a volta de Carlos Alberto ao Botafogo.

22/05/2014 12:51
 
 

Pode não ter sido uma apresentação de gala. Mas sobrou vontade. Às vezes até além da conta. Na volta ao Botafogo,Carlos Alberto, aos 29 anos, não poupou esforços. Contra o Grêmio na quarta-feira, pela sexta rodada do Brasileirão, foi peça importante para o time, mas não conseguiu evitar a derrota por 2 a 1. Em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, ele e o time não superaram a pressão gremista, especialmente no segundo tempo, e voltam ao Rio com novo revés. A postura apresentada fora de casa, principalmente no primeiro tempo, serve de alento. Mas o resultado final deixa claro de que há muito a fazer para subir na tabela e fugir na zona de rebaixamento. 

Desde os primeiros minutos, Carlos Alberto deixou claro que estava disposto a deixar uma boa impressão. Além de articular jogadas, ajudou na defesa. Foi dele a arrancada e o passe para Zeballos abrir o placar. Na comemoração, bateu no peito, apontou os indicadores para o céu e acenou para a torcida que viajou para apoiar o Alvinegro. Alguns companheiros foram abraçar o camisa 19 pela bela assistência. 

Carlos Alberto Grêmio e Botafogo (Foto: Getty Images)Carlos Alberto demonstrou vontade e deu uma assistência em seu retorno ao Bota após seis anos.

Com a pressão do Tricolor, Carlos Aberto voltou um pouco mais para auxiliar a defesa. Foram pelo menos quatro carrinhos muito fortes, até que acabou punido com cartão amarelo. O meia tentou organizar o time, deu broncas e bons passes. Após uma cobrança de escanteio, cabeceou com perigo. Com o recuo do time, o Grêmio chegou ao empate quase no fim do primeiro tempo, com Rodriguinho. Na saída para o intervalo, Carlos Alberto mostrou-se confiante.  

- (O gol do Grêmio) Não atrapalha, mas eu acho que a gente podia ter evitado. Bom que a postura da equipe está diferente. A gente comete alguns excessos e isso é bom porque o treinador tem que conter. Mancini sabe ler bem o jogo. Agora, ele vai acertar - disse.

Foi muito boa a participação dele, demonstrou que pode nos ajudar bastante, segurou a bola. Levou perigo junto com o Emerson. Vem de uma inatividade, mas vai ajudar muito ao longo de toda temporada"
Vagner Mancini, técnico do Botafogo,
sobre a reestreia de Carlos Alberto

O segundo tempo foi todo marcado por pressão do Tricolor. Carlos Alberto tentou uma ou outra arrancada, lançamentos, mas cansou. Em um determinado momento, colocou a mão na virilha esquerda e começou a mancar. Pouco depois, aos 24 minutos, saiu mancando para a entrada de Gegê. Xingado ao deixar o gramado pela torcida do Grêmio, clube que defendeu em 2011, aplaudiu com ironia e bateu no escudo do Botafogo. A caminho do banco de reservas, discutiu e trocou palavrões com um gremista. A volta ao Alvinegro foi de bons 45 minutos, mas de queda de rendimento e saída por lesão na segunda etapa. O técnico Vagner Mancini gostou. 

- Foi muito boa a participação dele, demonstrou que pode nos ajudar bastante, segurou a bola. Levou perigo junto com o Emerson. Vem de uma inatividade, mas vai ajudar muito ao longo de toda a temporada - apostou o comandante.

O caminho é longo para o Botafogo, que está na 17ª posição, na zona de rebaixamento, com só quatro pontos. As idas e vindas de Carlos Alberto na carreira também tornam tudo mais difícil para ele. Juntos, precisam evoluir. E rápido.

 

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.