Lava Jato realiza mais uma operação e prende ex-senador do PTB.
13/04/2016 09:02Reprodução do Diário do Poder |
Mensagens trocadas entre executivos da OAS e o ex-senador do Distrito Federal, Gim Argelo mostraram que o ex-senador recebeu propina de pelo menos R$ 5 milhões para não convocar diretores da UTC e da OAS para a CPI da Petrobras. O nome de Gim Argelo já havia aparecido na delação do senador Delcídio Amaral, e também o ex-diretor financeiro da UTC Engenharia Walmir Pinheiro Santana relatou em depoimento a procuradores da República, um suposto acordo firmado entre Ricardo Pessoa (UTC) e Gim Argelo para que o empreiteiro não fosse depor na CPI, onde Argelo era vice-presidente. Argelo foi candidato a senador na última eleição pelo Distrito Federal numa frente de vários partidos, inclusive alguns que apoiam o pedido impeachment, como o DEM. Os partidos da coligação "União e Força" que apoiaram Gim Argelo para o Senado receberam R$ 5 milhões e foram divididos entre os diretórios de Brasília dos quatro partidos. A Polícia Federal ainda investiga a doação de R$ 350 mil para a paróquia S.Pedro, em Taguatinga, que na verdade o dinheiro seria repassado posteriormente ao ex-senador.
Essa 28ª fase da Lava Jato teve com alvos as seguintes pessoas:
Prisão preventiva
Gim Argelo (ex-senador do PTB-DF)
Prisão temporária:
Paulo César Roxo e Valério Mendes Campos
Condução coercitiva:
Jorge Argelo Júnior (filho do ex-senador Gim Argelo) e Roberto Zardi Ferreira
Gustavo Nunes da Silva Rocha
Dílson Serqueira Paiva e Marcos Paulo Ramalho
Busca e apreensão:
Construtora OAS (São Paulo)
Certamente o Palácio do Planalto se sobressaltou ao saber que a Polícia Federal estava nas ruas em mais uma etapa da Lava Jato, mas desta vez não respingou nada que pudesse afetar ainda mais a situação do governo.