Governo distribui cargos do PMDB; Atentado mata cristãos no Paquistão. Jornais de segunda (28).

O Governo Dilma está redistribuindo os cargos ocupados pelo PMDB, indicação de que já trabalha com a hipótese de rompimento na reunião do partido nesta semana. A Câmara vive um momento de muita fragmentação, com 25 partidos, o que dificulta a governabilidade seja quem for que estiver no comando do país. A crise econômica fecha indústrias.

Os três assuntos estão nas manchetes dos jornais nesta segunda-feira (28). “No Globo: “Governo já redistribui cargos do PMDB”. Na véspera da decisão peemdebista, governo negocia com deputados para aumentar chance de vetar o impeachment. 

Para se ter uma ideia, um integrante do governo disse ao jornal que agora é “varejo total, balcão de feira”. Na Folha de S. Paulo: “Câmara votará impeachment com fragmentação partidária recorde”. Seja qual for o desfecho da crise, esse será um problema que dificultará a reorganização do poder. O Brasil é um dos líderes mundiais de proliferação de legendas. 

No Estado de S. Paulo a manchete é “Crise provoca o fechamento de 4,4 mil fábricas em SP”. Esse é o número de 2015, 24% maior do que o do ano anterior. Algumas foram fechadas definitivamente, outras esperam possibilidade de retomar a produção. 

O Valor diz na manchete que a “forte concentração bancária amplia crise das empresas”. Com o encolhimento dos bancos médios, êxodo de bancos estrangeiros, e restrição de crédito em bancos públicos, as empresas com dificuldades financeiras têm poucas alternativas de financiamento.

O Globo diz que uma conta no exterior liga o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, envolvido no esquema da Lava Jato. A Folha conta que a dona da agência Pepper, que fez campanhas para o PT, fechou acordo de delação e deve atingir principalmente o governador de Minas, Fernando Pimentel. 

O cientista político Carlos Pereira diz, na entrevista de segunda, que a crise abre uma oportunidade histórica de o país mudar sua tendência aos “panos quentes”. O Estadão diz na primeira página que aliados de Temer estão isolando os governistas dentro da legenda. O partido escolhe na terça (29) o que fará em relação à coalizão.

No Paquistão, um atentado com homem bomba, tendo como alvo cristãos que comemoravam a Páscoa, deixou cerca de 70 mortos e 340 feridos. Uma facção dos Talibãs assumiu o atentado. Em Bruxelas, uma homenagem aos mortos no atentado terminou em confronto entre a polícia e radicais de extrema direita. Um grupo de 200 pessoas, de preto, chegou com faixas anti imigração e fazendo saudações nazistas. 

Manifestantes invadiram o Jardim Botânico contra a remoção de casas irregularmente construídas na área do parque. Um áudio enviado à PF mostra um homem ameaçando incendiar a mata do Jardim Botânico. A remoção foi adiada por falta de segurança. 

O Valor volta a apontar que há risco de o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ser inabilitado para funções públicas. Na sua defesa, ele minimizou sua participação nas pedaladas. Mesmo assim, o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) recomenda a inabilitação. Ainda segundo o Valor, a Samarco quer voltar a operar no quatro trimestre.