Geração promissora do Flu demora a vingar, e empréstimos viram solução.

01/07/2014 13:46
Rafinha Fluminense (Foto: Ricardo Ayres / Photocâmera)Rafinha é um dos poucos a seguir no clube e foi titular em 2013.

O técnico Cristóvão Borges pediu e a diretoria doFluminense enxugou o elenco na pausa do Brasileirão. Entre os sete atletas negociados, quatro eram da base e foram vice-campeões da Copa SãoPaulo de Futebol Júnior em 2012. Por sinal, deixar as Laranjeiras para ganhar experiência em outros clubes tem sido o destino de praticamente toda aquela geração, que continua quase toda vinculada ao Flu.

Em junho, tiveram esse destino o volante Willian, o lateral Ronan, o meia Higor e o atacante Marcos Júnior, todos presentes naquele time que perdeu a decisão por 2 a 1 para o Corinthians. O atacante Michael, com proposta do Criciúma e sondagens de outros clubes, pode ser o próximo.

Além do centroavante, continuam no clube apenas outros três jogadores: o zagueiro Wellington Carvalho, o volante Rafinha e o lateral-esquerdo Fernando, que recentemente retornou de empréstimo do futebol português.

Entre os que saíram, destaca-se o lateral-direito Fabinho, que, vendido, já passou pelo Real MadridB e jogou com frequência no Monaco-FRA na última temporada. Os outros estão emprestados pelo clube, alguns deles na Série A. O objetivo é dar visibilidade e experiência aos garotos, para que possam voltar ao clube ou serem valorizado no mercado. A exceção é o goleiro Silézio, que não tem mais vínculo com o Tricolor.

O gerente-executivo do Fluminense, Marcelo Teixeira, explica que os empréstimos fazem parte da formação dos jogadores e de um projeto do clube, que tem atletas emprestados por todo o Brasil e em diversos países. E faz questão de ressaltar que esses garotos ainda fazem parte dos planos do Tricolor.

- Temos um projeto sólido de formação, que continua mesmo depois do jogador estourar a idade dos juniores. O Wellington Nem é um exemplo, foi emprestado e amadureceu muito no Figueirense. O Pablo Dyego, que subiu para os profissionais agora e foi muito bem no Carioca de Juniores, evoluiu muito na Suécia. Acreditamos que isso pode acontecer com muitos desses garotos que foram emprestados - explica.

Para Marcelo, não há uma idade certa para que os jogadores estejam prontos.

- Os que estão preparados com 18, 19 anos, são exceções. Muitos atletas estouram com 22, 23 anos, e alguns até mais tarde. A prova disso é que os três primeiros na tabela de artilheiros do Campeonato Brasileiro, Ederson, Dinei e Hernane, só se destacaram depois dos 24 anos. 

Confira o destino de cada um:

Silézio (goleiro)
Deixou o clube ainda em 2012, emprestado ao Sport. Depois passou por Tupi-MG e, em 2014, disputou a segunda divisão do Campeonato Carioca pelo São Gonçalo. Como reserva.

Fabinho (lateral-direito)
Vendido a um grupo de investidores, passou pelo Rio Ave, Real Madrid B e jogou com frequência no Monaco-FRA nesta temporada. Já foi especulado em clubes ingleses.

Wellington Carvalho (zagueiro)
É um dos poucos a figurar no elenco dos profissionais, mas teve poucas chances de jogar até o momento. Chegou a ficar quase dois anos sem atuar, até voltar contra o Tupi-MG pela Copa do Brasil 2014.

Léo Lelis (zagueiro)
Foi emprestado em setembro de 2013 ao Videoton-HUN, e disputou o Campeonato Húngaro na temporada 2013/14.

Fernando (lateral-esquerdo)
Emprestado ao Paços Ferreira-POR, disputou o Campeonato Português na última temporada. Retornou ao Fluminense. Pode atuar como lateral ou meia.

Willian (volante)
Chegou a jogar algumas vezes nos profissionais, mas não se firmou entre os titulares. Foi emprestado ao Sport para disputar a Série A.

Rafinha (volante)
Entre os que não foram emprestados, é o que mais atuou pelo elenco principal, com 25 partidas. Reserva, entra com frequência nas partidas e compõe o grupo com tranquilidade. Foi titular em vários jogos no Brasileirão 2013.

Eduardo (meia)
Um dos destaques do time na Copa São Paulo de 2012, Eduardo subiu aos profissionais no ano passado, mas também não conseguiu se firmar e acabou emprestado ao Ceará para disputar a Série B.

Higor (meia)
Eficiente na bola parada, Higor foi emprestado ao Avaí no ano passado e recentemente voltou ao futebol catarinense, também por empréstimo. Jogará o restante do Brasileirão pelo Criciúma.

Marcos Junior (atacante)
Ganhou notoriedade ao subir já em 2012 para os profissionais, chegou a marcar um gol na final do Campeonato Carioca, mas perdeu espaço em 2013. Foi emprestado ao Vitória. De todos, é o que mais jogou pelo clube, com 43 partidas.

Michael (atacante)
Já soma oito gols em 20 jogos pelo Fluminense, mas teve a evolução atrapalhada por uma suspensão após cair no antidoping. Com a concorrência de Walter e Fred, acaba atuando pouco e pode ser emprestado nos próximos dias.

Reservas também foram emprestados
Entre os reservas do Fluminense naquela campanha, destaca-se o lateral-esquerdo Ronan, que disputava posição com Fernando e entrava com frequência nos jogos. Ele foi emprestado recentemente ao Legia Varsóvia-POL. 

Igor Julião, que também entrava bastante nas partidas, chegou a ser titular dos profissionais em 2013, e agora foi emprestado ao Sporting Kansas City-EUA. Outro que entrava sempre nos jogos era o meia Rafael Assis, que jogou o Campeonato Mineiro de 2014 pela Caldense, emprestado pelo clube.

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.