Flu vence no abafa, e três pontos devem ir para conta da torcida.

18/07/2016 17:37

Bastou o apito inicial da partida contra o Cruzeiro, no domingo, para que o Fluminense se mostrasse transformado. Correria, carrinhos, marcação pressão... tudo orquestrado pelos gritos vindos na arquibancada, que transformaram Edson Passos em um pequeno "caldeirão". Os 9.681 tricolores que encheram o estádio foram os grandes responsáveis pelo 2 a 0 sobre a Raposa.

Campinho Fluminense x Cruzeiro (Foto: GloboEsporte.com)Formação do Flu contra o Cruzeiro: Samuel e Maranhão se desdobraram na marcação (Foto: GloboEsporte.com)

 



Talvez já desacostumados a ouvirem uníssono o incentivo em alto e bom som, já que foi o primeiro jogo na região metropolitana do Rio neste Brasileiro, os jogadores se entusiasmaram e transformaram a partida em final de Copa do Mundo. Logo aos sete minutos, durante a pressão, Cícero aproveitou um rebote do goleiro Fábio e abriu o caminho para a vitória. Aos 25, Marcos Junior, quem mais mostrou recursos técnicos no ataque, sofreu pênalti, que ele mesmo bateu bem e marcou.  

Com a vantagem, o Flu diminuiu o ritmo, mas ainda criou boas jogadas. Muitos jogadores deixaram o campo exaustos por causa do esforço. Novidade entre os titulares, Samuel auxiliou mais na defesa do que no ataque. Fez bem a cobertura do lateral-esquerdo adversário, mas, longe da área, não conseguiu ser produtivo na frente. 

A garra do time acabou deixando um dos pontos fracos do time menos prejudicial, a capacidade de marcação no meio de campo com os volantes Douglas e Cícero. Até porque ambos tiveram uma ótima participação com a bola nos pés, especialmente o primeiro.

- Foi a primeira vez que usamos a formação (com Samuel e Maranhão abertos, Marcos Junior com liberdade e Richarlison centralizado). Deu certo, o time jogou bem. Muitas coisas positivas aconteceram. Primeira vez tivemos vida, que é a torcida. Perto de 10 mil pessoas e deu para ver o astral diferente. Pela primeira vez no Fluminense que senti uma força de fora para dentro. Foi uma noite muito feliz, com reencontro com a vitória e a torcida. Queremos fazer daqui uma casa - disse Levir após o jogo.

 
 
 



Maranhão se transformou em um dos personagens da partida. Ele começou da mesma forma que Samuel, bastante preocupado com sua função de auxiliar a defesa, mas no segundo tempo encontrou mais espaço, ganhou confiança e criou boas jogadas. Em um misto de alegria pela vitória, ironia e esperança, os torcedores começaram a gritar "Ão, ão, ão, Maranhão é Seleção". Exagero à parte, o meia-atacante fez sua melhor partida no Flu. Mas em breve deve perder espaço quando os reforços puderem jogar.

- É um jogador que tem uma qualidade técnica apurada, mas precisa se encaixar melhor ainda, ter melhores números. Ainda não está jogando dentro do que precisamos. Mas acho um jogador de qualidade técnica que pode deixar o time em ótimas condições, vamos torcer para que ele se firme. O incentivo da torcida foi legal - finalizou Levir.