Eram cerca de 50 pessoas na arquibancada. A grande maioria estava mais pela curiosidade de ver um time de futebol brasileiro em solo americano. Os comentários eram os mais variados: "Alguém sabe o nome do camisa 23?", "Realmente os brasileiros são mais habilidosos", "Olha a batida na bola. Temos muito o que aprender"... Mas a frase em comum era uma só: "Onde está o Fred?". Mesmo com jogadores como Rafael Sobis e Deco, a expectativa era ver o camisa 9, que está com a seleção brasileira para a disputa da Copa das Confederações.
Era o caso dos irmãos Kurt e Mark. A dupla, que sonha em jogar bola e já treina no próprio Orlando City, estava encantada com os toques rápidos, os dribles e principalmente a habilidade mostrada durante o aquecimento. Mas ficava a frustração de não poder ver o único jogador que eles realmente conhecem: Fred.
- É muito legal ver o Fluminense. Servem como fonte de inspiração. Acho futebol muito legal e sonho em fazer isso o resto da vida. Mas sinto a falta do Fred. É o único que eu conheço - disse Kurt, de nove anos.
Seu irmão, um pouco mais tímido, também queria ver o artilheiro tricolor.
- A gente já viu alguns lances dele pela internet, mas infelizmente ele está com a seleção - disse Mark, de seis anos.
Durante a partida, os americanos se mostraram bem tranquilos. Na primeira etapa, oFluminense marcou 3 a 0 e as reações foram discretas. Mas no segundo tempo, quando os reservas foram à campo, veio uma rápida explosão. O apoiador Nick Wilson, uma grande promessa do Orlando City, acertou belíssima cobrança de falta. Foi a senha para muita comemoração. E até para esquecerem que Fred estava pelo Brasil.
