Flu e patrocinador debatem continuidade: nada de craque em 2015.

07/10/2014 11:21

Apesar das faíscas, o caminho da parceria entre Fluminense e Unimed é a continuidade. Segundo o GloboEsporte.com apurou, o presidente do clube, Peter Siemsen, e o presidente da patrocinadora, Celso Barros, tiveram um encontro na manhã da última sexta-feira para tratar do futuro da relação. O mandatário tricolor saiu otimista da reunião, mas ainda sem um desfecho. Outubro e novembro serão meses de rediscussão do contrato. O vínculo termina no fim de 2016, mas a cada virada de ano é reavaliado e pode até ser rompido.   

Publicamente, Celso Barros tem tratado a continuidade como incerta. Ao responder sobre renovações de jogadores que têm a maior parte do salário paga pelo patrocinador, colocou a parceria em xeque e frisou que o investimento no clube será reduzido. O Fluminense, por sua vez, confia na manutenção do patrocínio, mas sabe que o ano de 2015 pode ser de vacas magras. A Unimed passa por dificuldades financeiras.

O encontro mais recente entre as partes reforçou a ideia de que na próxima temporada a prioridade será a busca por estabilidade financeira. Honrar os compromissos assumidos, especialmente o pagamento do Ato Trabalhista e dívidas com a União, e focar no crescimento do elenco com olhos para atletas da base, retorno de jogadores emprestados e com contratações de reforços com potencial compatível com os cofres do clube e principalmente do parceiro.

- Craques? Pode esquecer. Não vejo a possibilidade financeira nem pelo Fluminense e nem pela Unimed. Certamente vai ser um ano de amadurecimento administrativo – disse um membro da diretoria ao GloboEsporte.com.

 

Jogadores em fim de contrato

O planejamento para 2015 também envolve as renovações de contrato. A Unimed ainda precisa decidir se manterá alguns dos principais jogadores do plantel. Diego Cavalieri, Gum, Carlinhos, Valencia, Diguinho e Felipe Garcia possuem contrato por acabar em 31 de dezembro de 2014 e nenhum deles tem a garantia de permanência.

 

A patrocinadora tricolor é responsável pelo pagamento de direitos de imagem que correspondem de 50% a 80% do total do salário dos atletas. Quase todos os jogadores do grupo principal do Fluminense recebem da Unimed. Esse contrato de imagem é feito individualmente. A patrocinadora também paga imagem para alguns garotos da base. É o caso daqueles em que tem participação nos direitos econômicos.

No contrato entre Fluminense e Unimed fica estabelecido que a parceira tem de investir um valor mínimo entre R$ 15 e 20 milhões por ano diretamente em contratos de imagem com jogadores. A escolha dos atletas é feita pela cooperativa e quase sempre aquilo que é injetado no clube ultrapassa o teto. Segundo o GloboEsporte.com apurou, em 2013 o investimento total chegou a R$ 50 milhões.

Hoje, a fatia da folha salarial do futebol que cabe ao clube é, segundo os dirigentes do Fluminense, de R$ 1,4 milhão por mês. O Tricolor ainda não conseguiu quitar os salários de agosto e setembro. Do mês de agosto, pagou apenas o quadro de atletas e funcionários que ganham até R$ 5 mil. A parte da Unimed está em dia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.