
Foi ter o nome anunciado no sistema de som do Maracanã para Fabrício ter a certeza de que a volta ao Fluminense não seria fácil: a simples escalação gerou vaias de parte da torcida. A perseguição, resultado ainda da eliminação na Copa do Brasil, com vexatória goleada para o América-RN, atribuída ao zagueiro, ainda estava na memória dos tricolores. E na do atleta também. Depois de 90 minutos, no empate sem gols com o Atlético-MG, na noite de quinta-feira, o seu retorno ao time após 15 partidas, o alívio. Ele, enfim, pôde mostrar o seu valor. Só faltou o gol, evitado pela trave de Victor, para coroar o retorno - triscou cabeçada de Cícero.
Fabrício evitou tratar, o que definiu como boa atuação, como resposta à torcida. Mas não escondeu a satisfação pelo desempenho apresentado. Substituiu o suspenso Elivelton – Gum e Henrique se recuperam de lesões. Para o confronto com o Inter, domingo, em Porto Alegre, deve voltar ao banco. Mas há a certeza de que os tempos são outros.
- Aquele jogo foi atípico. Em nenhum momento, me abalei. Confio no meu trabalho. Pude ter nova oportunidade. Fiz um bom jogo, mas o resultado não saiu. Sempre trabalhei. Consegui provar meu valor – disse o camisa 27, para completar:
- Futebol é complicado. Mas ao mesmo tempo dá oportunidade para provar e dar a volta por cima. Fiz isso hoje, um bom jogo. Se tivesse uma atuação ruim, ficaria difícil.
Fabrício, não vaiado durante a partida, diga-se de passagem, tratou o gol perdido como azar. Após escanteio cobrado por Conca, Cícero cabeceou na primeira trave. O zagueiro, na pequena área, desviou. Mas a bola bateu no poste.
- Quase saiu o gol, a bola bateu na minha canela. Mas tudo bem. Tem coisa melhor vindo por aí – projetou.
Com o novo empate, o Flu caiu para o oitavo lugar. Tem 42 pontos, quatro a menos do que o Grêmio, o último integrante da zona da Libertadores. Desafia o Inter, domingo, em Porto Alegre.
Jornal Folha do Rio.