Ex-diretor do Bota defende Jefferson após "desabafo": "Segurou muito".

25/11/2015 11:34

Ídolo no Botafogo e até pouco tempo titular absoluto da seleção brasileira, o goleiro Jeffersonperdeu lugar para Alisson, do Internacional, na segunda partida pelas eliminatórias, em outubro, e não recuperou mais a posição na equipe de Dunga. Questionado sobre o assunto, no "Bem, Amigos!", o jogador admitiu que não esperava tal decisão e lamentou não ter recebido mais crédito. Ex-diretor de Marketing do Botafogo, o cineasta Jefferson Mello elogiou o xará e disse que o goleiro até demorou para "desabafar".

- Acho que ele se segurou até muito. A justificativa do Dunga na barração foi a pior possível. Ele tem todo o direito de tirar o Jefferson, agora, aquela justificativa foi terrível. Acho que ele (Jefferson) foi bem paciente e se segurou. Ele é extremamente educado - disse, em participação no "Redação SporTV"

Jefferson Mello, cineasta, ex-diretor de marketing do Botafogo (Foto: Reprodução SporTV)Jefferson Mello, cineasta, ex-diretor de marketing do Botafogo (Foto: Reprodução SporTV)

Na ocasião, Dunga elogiou a bola aérea da Venezuela e escalou Alisson, considerando que o jovem colorado tinha vantagem no fundamento. Jefferson seguiu nas convocações seguintes, para jogos contra Argentina e Peru, mas foi mantido no banco de reservas. Para Mello, toda a "movimentação" já estava planejada, independentemente da falha no jogo contra o Chile, o último do goleiro botafoguense como titular, também apontada como uma das justificativas para a saída do então titular.

- Acho que ele (Jefferson) não é o goleiro da confiança do Dunga e isso já deveria estar planejado. Com certeza não foi por conta do jogo contra o Chile, isso já estava na cabeça do Dunga - supôs o cineasta, que trabalhou como diretor de marketing no Alvinegro de 2002 a 2008

Para o músico Charles Gavin, que também participou do programa, o goleiro fez apenas um desabafo ao dizer que poderia ter tido mais crédito na Seleção e não deveria sofrer consequências pela declaração, embora ele não descarta alguma reação caso Dunga interprete de forma diferente.  

- Ele foi respeitoso. Foi um desabafo, não foi nem uma queixa. Agora, culturalmente, jogador que reclama é punido no Brasil. Jogador tem que ficar com a boca calada se for queixa. É cultural - considerou.

A partida contra o Peru, dia 17 de novembro, encerrou 2015 para a seleção brasileira, que só volta a jogar pelas eliminatórias para a Copa de 2018 no dia 24 de março, quando enfrenta o Uruguai