Emanuel com o ouro olímpico em 2004 (Foto: Divulgação)Três vezes medalhista olímpico, dez vezes campeão do Circuito Mundial, tricampeão do Campeonato do Mundo e dono de duas medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, Emanuel entrará, neste sábado, para o Hall da Fama do vôlei. A cerimônia será realizada em Holyoke, nos EUA, cidade onde a modalidade foi criada e, assim, o paranaense se tornará o 13º brasileiro a fazer parte do grupo. A indicação havia sido feita em junho.
- Para mim é uma honra de fazer parte deste grupo seleto. Eu estava tentando entender o motivo do hall da fama existir. Agora eu compreendi perfeitamente: manter a história viva e saber onde vamos chegar. Eu com onze anos comecei a jogar vendo atletas que estão no Hall da Fama. Então você vê que o processo de criar heróis, criar ídolos, passa de geração para geração - explicou.
Emanuel viajou na quarta-feira para os Estados Unidos e, na cerimônia de sábado, será homenageado ao lado do sérvio Nikola Grbic (vôlei de quadra); o técnico coreano Man-Bok Park, e as americanas Misty May-Treanor (vôlei de praia) e Danielle Scott-Arruda (vôlei de quadra).
O campeão olímpico de 2004 será o 13º brasileiro a integrar o Hall da Fama. Antes dele, Adriana Behar, Ana Moser, Bebeto de Freitas, Bernard Rajzman, Carlos Arthur Nuzman, Helia Souza (Fofão), Jackie Silva, Maurício Lima, Nalbert Bitencourt, Renan Dal Zotto, Sandra Pires e Shelda foram imortalizados na lista.
Emanuel circuito brasileiro vôlei de praia campinas (Foto: Paulo Frank/CBV)
- É um reconhecimento que fecha minha trajetória da melhor forma possível. Sempre lutei ter qualidade, dedicação e respeito. São as coisas que eu mais vi quando comecei a praticar o esporte. E agora, entrando para o mundo de lendas, eu acredito que o respeito que eu almejava chegou ao ápice. Agora posso ser um grande exemplo para a nova geração - disse.
Emanuel levou a tocha no Tour (Foto: Rio 2016-Fernando Soutello)
O Hall da Fama do vôlei foi criado em 1985 e, a partir de 1998, passou a receber atletas de fora dos Estados Unidos. Emanuel pede para que o Brasil também faça homenagens aos atletas olímpicos:
-A gente poderia trazer mais esse reconhecimento para o Brasil. A gente não tem a cultura de cultuar os atletas, os heróis, como os outros países fazem. Fica até um alerta de como os outros países fazem tão bem e o Brasil nem tanto - disse.
Emanuel participou de cinco Olimpíadas e tentou a vaga para os Jogos do Rio. Ao lado de Ricardo, ficou na terceira posição entre as duplas nacionais nas seletivas, e acabou fora da Olimpíada. Em março, anunciou a aposentadoria.
