Em meio a polêmica, Rio e Osasco fazem último duelo por lugar na final.
28/03/2016 09:21Todo o clima de decisão não era suficiente. Não bastasse a tensão natural de um clássico, uma polêmica deu contornos ainda mais explosivos ao duelo entre Rio de Janeiro e Osasco por um lugar na final da Superliga feminina. O suposto gesto de comemoração do juiz ao final da segunda partida voltou os holofotes mais uma vez para a arbitragem. Nesta segunda-feira, em meio às reclamações dos dois lados, as duas equipes lutam para avançar à disputa pelo título às 18h30, no ginásio do Tijuca. O SporTV transmite, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real. Os ingressos já estão esgotados.
Na outra semifinal, Praia Clube e Minas também estão empatados. As duas equipes fazem o clássico mineiro a partir das 21h30, na disputa pela outra vaga na decisão. Jogo que também terá transmissão do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com .
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou o árbitro Anésio Leão fazendo o gesto de uma suposta comemoração ao fim do jogo da última sexta-feira, com a vitória do Rio. O juiz se defendeu. Disse que estava sob grande pressão após as críticas à arbitragem da primeira partida, em Osasco. Comentarista de vôlei do SporTV, Marcos Freitas não vê razão para a polêmica.

- Acho que a explicação do árbitro foi para lá de convincente. Tem a ver o que ele falou. Os árbitros estavam enfrentando uma pressão danada. Comissão estava preocupada, (jogo entre) Rio e Osasco envolve muita coisa. O erro do jogo anterior foi muito complicado tecnicamente, Rio acerta bola mais de um metro dentro, imagem claríssima. Camila Brait lamentando, todo mundo viu. Mas o Rio foi para o jogo. Ninguém levantou teoria da conspiração. Não teve nada de importante que justificasse algo do tipo.
Freitas entende a revolta com certos erros. Duvida, porém, de qualquer interferência intencional da arbitragem.
- Não vejo a menor interferência. Claro, temos erros da arbitragem. Mas nada grave nesse sentido. Eu consigo entender a reação dele. Não consigo, pela minha experiência, imaginar outra coisa. Não existe. Existem erros - afirmou.
Quando o jogo começar, as duas equipes devem deixar a polêmica de lado. Depois de sair na frente no duelo, o Osasco teve chances de fechar a série, mas viu a reação do Rio. Agora, Camila Brait acredita em um novo jogo complicado, mas espera avançar à decisão.

- Vai ser um jogo muito difícil. A gente sabe disso. Já viemos para cá sabendo que seria assim. Sabemos que erramos, mas o bom é que temos mais uma oportunidade para chegar à final – disse a líbero.
Do outro lado, Carol acredita que o diferencial pode estar no saque. Principal pontuadora do time no fundamento, a central espera que a equipe possa voltar a sacar bem nesta segunda.
- As duas equipes já se conhecem bastante, então agora precisamos entrar mais focadas para executar bem todos os fundamentos. Nosso saque foi uma arma durante todo campeonato, mas no último jogo não funcionou tão bem. Acho que podemos melhorar nesse fundamento, para que o nosso bloqueio e defesa funcionem melhor ainda. Mas, acima de tudo, vamos jogar com o coração. Agora é a hora mais importante da temporada, vale a vaga na final e a gente quer muito que o Rio de Janeiro esteja lá.
Um dos destaques do Osasco na partida de sexta, Thaísa pede que a equipe entre com a mesma agressividade com a qual começou os duelos anteriores.
- Temos que jogar com a mesma confiança e agressividade que entramos nas duas partidas anteriores. Isso fez a diferença e foi marcante. Continuar bem no nosso sistema defensivo e caprichar um pouco mais na virada de bola. Precisamos focar no nosso sistema ofensivo, pois com ele funcionando colocamos em dificuldade qualquer adversário. Temos consciência de que será muito difícil, mas sabemos do nosso potencial, do nosso trabalho e do quanto nos preparamos. Somos fortes e para irmos para a final teremos que entrar firmes e concentradas.