
O vazamento da cartilha de conduta da seleção brasileira não incomodou a comissão técnica. Questionados sobre os pontos do documento, que discorrem contra uso de brincos e bonés, bem como a obrigação de cantar o Hino Nacional, de acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", Dunga e Gilmar Rinaldi trataram com naturalidade o assunto, mas afirmaram que não vão proibir nada na delegação.
- Não proibimos nada, sugerimos algumas coisas para que se tenha um bom convívio. Não é algo disciplinar, é uma coisa chamada organização. Acho que o torcedor brasileiro queria isso. A seleção já tinha um regulamento interno, o que fizemos foi acrescentar algumas coisas que tínhamos como importantes para que haja uma boa convivência. Vamos ficar 30, 40 dias juntos, e dentro da Seleção tem que ter um só pensamento – ressaltou Dunga.
Coordenador da Seleção, Gilmar Rinaldi afirmou que, na elaboração da cartilha, os jogadores também foram consultados e aprovaram a iniciativa.
- Uma organização tem que ter suas regras. Quando chegamos já existia um regulamento interno, peguei isso junto com o Dunga, conversamos com alguns jogadores, colocamos isso a eles, bem explicado, e o que percebemos é que eles estavam querendo estes limites, para saber até onde podem ir. Depois que montamos, levamos ao conhecimento do Marin e do Marco Polo, acrescentamos apenas alguns pontos – explicou Gilmar.
Outro ponto ressaltado por Dunga é que não há uma penalização definida caso os jogadores infrinjam as regras.
- A penalidade é como em qualquer regulamento. Vai ser avaliada. (A cartilha) é para organizar o pensamento, ninguém está lá para penalizar alguém, mas para organizar uma grande empresa como a CBF. A gente tem que saber da responsabilidade que tem – disse Gilmar.
Dunga seguiu pelo mesmo caminho. Questionado se o corte de Maicon havia sido em função do descumprimento de algum item do regulamento, o treinador da Seleção despistou.
- O Maicon não foi vítima da cartilha. (O corte) foi em cima da atitude dele, que foi uma resposta. Não tem penalização. Cada um é responsável por seus atos, e dependendo de seus atos vai ter uma advertência ou não. Estamos aqui para ter harmonia e organização.
Jornal Folha do Rio.