Ser eliminado na Copa do Brasil com uma goleada em casa para um time de Série B tem um significado vexatório. Soma-se isto à nova queda, na Sul-Americana, a uma equipe na 12ª posição do Brasileirão, que chegou a perder cinco jogos consecutivos no Nacional, e a situação do Fluminense conseguiu ficar pior. Há abalo, reconhecido por Cristóvão Borges. E, neste sentido, vencer o Cruzeiro, líder da Série A, domingo, virou alento de novos tempos.
A goleada de 5 a 2 ao América-RN, em pleno Maracanã, ocorreu em 13 de agosto. Foi o fim da Copa do Brasil. Menos de um mês depois, o 1 a 0 do Goiás pôs por terra o discurso de que a Sul-Americana seria a maneira de apagar o vexame anterior.
- Ficamos chateados, sentidos. Duas eliminações são coisas muitos ruins ao nosso trabalho. Sabemos que apresentamos coisas boas, mas perdemos. Em duas. O Fluminense participa para ganhar. A equipe tem força, é experiente e não vai se abalar no Brasileirão. Não tenho dúvidas que será um grande jogo. Vamos tentar evitar que o Cruzeiro dispare ainda mais na tabela - analisou o treinador.

Na saída de campo no Serra Dourada, poucos jogadores quiseram falar. Preferiram o silêncio ao invés de explicar o momento. Felipe Garcia e Walter, reservas, concederam entrevistas. Falaram em recuperação no domingo. Até porque, em caso de novo insucesso, a crise recente, com três partidas sem vencer, entre Copa do Brasil e Brasileirão, que gerou protesto de parte da torcida, poderá voltar.
Em quinto com 30 pontos, o Flu tem dois a menos do que o Corinthians, o último integrante do G-4. O Cruzeiro, líder, tem 12 pontos a mais do que o Tricolor.
Jornal Folha do Rio.