Do Bronx se surpreende com vitória rápida por finalização: "Não esperava".

Charles do Bronx encaixa guilhotina em Myles Jury, um dos atletas mais promissores da divisão (Foto: Getty Images)

As 13 vitórias por finalização em 21 lutas fazem com que a qualidade do jiu-jítsu de Charles do Bronx seja inquestionável. O que surpreendeu o brasileiro, no entanto, foi precisar de apenas 3m05s para aplicar a guilhotina e despachar o americano, pelo "UFC: Dos Anjos x Cerrone", realizado no sábado, em Orlando.

De volta ao Brasil, o peso-pena afirmou, em entrevista ao Combate.com, que o plano era vencer por nocaute - o que seria um feito inédito desde que foi contratado pelo Ultimate, em 2010.

- Foi uma atuação muito boa, imprimi meu ritmo, meu jogo e, por isso, saí com a vitória. Com toda sinceridade, não esperava finalizar tão rápido. Eu treinei muito boxe, afiei a trocação, estava confiante na minha mão e achava que seria meu primeiro nocaute na organização. Quando subimos no octógono, mesmo tendo estratégia a seguir, consegui fazer o que tenho de melhor: que é agarrar e tentar botar para baixo. Não podemos vacilar. 

Se no sábado a estrela de Charles do Bronx brilhou, na sexta-feira, o atleta preocupou ao não bater o peso. Os problemas com a balança não são novidade - em 2014, ele passou mal na véspera do embate contra Nik Lentz, provocando o cancelamento do confronto. E, para que a história não se repita, ele irá contratar um nutricionista para acompanhá-lo no próximo camp.

- Não sei explicar direito o que houve com a balança. Só posso garantir que isso não acontecerá de novo. Estarei melhor da próxima vez, pode ter certeza. Eu não trabalhei com nenhum nutricionista para esse combate, fiz da forma que faço sempre e, infelizmente, não deu. Agora vamos trabalhar de forma mais profissional, estamos contratando um nutricionista. Vai dar tudo certo.

A vitória sobre Jury teve um sabor especial para Charles do Bronx após a lesão no esôfago sofrida contra Max Holloway, em agosto deste ano. Para quem achou que precisaria abandonar o MMA, fechar o ano em alta é um grande alento.

- Tive força e fé para lutar ainda esse ano. O Jury é um atleta duríssimo, fizemos um grande camp e foi uma alegria imensa. Passei por cima de tudo isso depois de achar que ficaria aleijado, que não lutaria mais. Foi muito bom dar a volta por cima.