Custo de reajuste dos servidores pode subir; Dilma sabia sobre Pasadena, diz Cerveró. Jornais de sexta (3).
03/06/2016 14:35No projeto de aumento de salários de funcionários havia também a criação de 14 mil cargos para a administração federal, que acabou aprovado. A proposta ainda tem que passar pelo Senado. O custo dos reajustes de servidores pode crescer porque várias categorias, como auditores da Receita, diplomatas, médicos do INSS, delegados e agentes da Polícia Federal, não receberam aumento.
A presidente afastada, Dilma Rousseff, aprovou esses reajustes para outras categorias no dia em que foi votado o seu afastamento, 11 de maio. Esse assunto é a manchete da Folha de S. Paulo e do Valor nesta sexta (3). Na Folha: “Em pauta-bomba, Câmara cria 14 mil cargos federais; No Valor: “Custo com reajuste de servidores pode crescer”.
O Globo informa na manchete que “Esquema da Petrobras pagou despesas pessoais de Dilma”. Segundo o jornal, e-mails em poder da Procuradoria Geral da República indicam que algumas despesas pessoais de Dilma foram pagas com dinheiro de desvio da Petrobras, inclusive as idas do cabeleireiro Celso Kamura a Brasilia. As mensagens foram trocadas por pessoas envolvidas na compra de Pasadena.
Em delação, Nestor Cerveró disse que Dilma tinha conhecimento de todos os detalhes da compra da refinaria de Pasadena, que deu prejuízo bilionário ao país. O ex-diretor da Petrobras informou ainda que, no governo Fernando Henrique Cardoso, fechou contrato, a pedido do presidente da Petrobras à época, com uma empresa que era do filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso. O filho de FHC nega que seja dono da empresa.
O empresário Benedito de Oliveira, o Bené, teria dito, em delação premiada, que Giles Azevedo, assessor de confiança de Dilma, usou um contrato da Secretaria de Comunicação de R$ 44,7 milhões para pagar dívida de campanha com a agência Pepper. A informação foi divulgada pela Revista Época e confirmada pelo O Globo.
Proposta da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) na comissão de impeachment levou ao encurtamento dos prazos na tramitação do processo. Ela usou os prazos estabelecidos pelo Código de Processo Penal. Isso reduziria o processo de impedimento em 20 dias e levaria o julgamento final no Senado a acontecer em julho. O presidente da Comissão Especial, Raimundo Lyra (PMDB-PB), aceitou a proposta.
O advogado da presidente Dilma reagiu e decidiu recorrer ao ministro Ricardo Lewandovsky, do Supremo Tribunal Federal (STF), que preside o processo. O assunto é a manchete do Estado de S. Paulo: “Dilma vai ao STF contra antecipação de impeachment”. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) será investigado pelo STF. Após parecer de Rodrigo Janot, o ministro Gilmar Mendes mandou prosseguir com o inquérito.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a empresa foi vítima de uma “quadrilha” e defendeu, entre outros pontos, a mudança na lei do pré sal que obriga a Petrobras a ter 30% de todos os negócios de exploração e produção. O STF manteve Ricardo Melo na chefia da EBC, após liminar questionar a mudança na presidência da empresa, feita pelo governo interino de Michel Temer.
A deputada Tia Eron (PRB-BA) dá sinais de que pode votar pela cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Se ela votar contra o parlamentar carioca, ele será derrotado no Conselho de Ética. A secretária de mulheres, Fátima Pelaes, é suspeita de envolvimento no desvio de R$ 4 milhões em uma ONG fantasma, segundo a Folha. O esquema foi descoberto em 2011 pela Operação Voucher.
O governo pode socorrer os Estados que estão em pior situação fiscal, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, informa o Globo. O consórcio que constrói o rodoanel, em São Paulo, paralisou as obras.
Outros destaques: Paris está alagada porque uma enchente elevou o nível do rio Sena; Turquia reagiu contra a decisão da Alemanha de reconhecer genocídio de armênios na primeira guerra. Mercosul pode punir a Venezuela se não houver diálogo com a oposição.