Comissão de sindicância do Vasco espera finalizar relatório em 15 dias.

20/03/2014 11:18
Portão em São Januário para receber sócios de recadastramento vasco (Foto: Raphael Zarko)Portão em São Januário que recebeu os sócios no recadastramento do Vasco.

Os vascaínos seguem sem saber quando serão realizadas as eleições presidenciais do clube em 2014. Na última segunda-feira, a Junta Deliberativa, formada pelos principais poderes do clube, se reuniu e o encontro terminou sem grandes novidades. Foi solicitado, no entanto, um prazopara que a comissão de sindicância - responsável por investigar a entrada de três mil sócios em abril de 2013 no caso conhecido como "mensalão" - apresente o relatório final sobre o assunto. E a resposta já foi dada: a expectativa é que a conclusão seja entregue em 15 dias.

Ao todo, 3.026 novos sócios entraram para o quadro do clube em abril de 2013. Número muito superior à média de adesões mensais do Vasco. Diante do quadro, o atual presidente Roberto Dinamite criou, no fim do ano passado, uma comissão de sindicância para tratar do assunto. Desde então, o procedimento convoca de 500 em 500 associados para recadastramento no clube. A procura tem sido muito baixa, com apenas 10% dos convocados de fato comparecendo a São Januário. Alguns nem mesmo sabiam que haviam se filiado ao clube.

Muitos dos novos sócios têm as mensalidades pagas por grupos políticos do clube e a adesão suspeita de abril de 2013 aponta na direção das campanhas de dois dos candidatos de oposição - o ex-presidente Eurico Miranda e o ex-vereador e ex-líder de torcida Roberto Monteiro. Além deles, Nelson Rocha, ex-vice de finanças de Dinamite, e Tadeu Correia, candidato escolhido por conselheiros da situação, também serão candidatos nas próximas eleições.

Com a Assembleia Geral do clube ainda à espera do fim do trabalho da comissão de sindicância, a data das eleições permanece como uma das polêmicas no processo de sucessão presidencial de Roberto Dinamite. Há correntes que querem junho, outras, julho e agosto, mas também há aquelas que defendem a regularização do calendário eleitoral com a votação somente em novembro. 

 

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.