Comerciantes pedem mais policiamento em Niterói, RJ.

13/08/2013 10:16

Representantes do comércio de Niterói, na Região Metropolitana, divulgaram uma carta aberta à população na qual pedem mais policiamento na cidade. Na semana passada um comerciante foi morto, vítima de assalto, no Centro da cidade. Eles protestaram na segunda-feira (12), trabalhando com meia porta fechada por meia hora, no fim do expediente, entre 17h30 e 18h.

Segundo os comerciantes, o número de assaltos cresceu na cidade. Em maio de 2012 foram registrados sete assaltos, já este ano, no mesmo mês, foram 26 casos. A situação, como mostra o Bom Dia Rio, é pior nos bairros do Centro, Zona Sul e Região Oceânica.

O vice-presidente do Sindicato dos Lojistas de Niterói, Charbel Tauil diz que o número de assaltos vem crescendo significativamente há cerca de oito meses, causando grande prejuízo ao comércio. Segundo ele, foram feitas reuniões com o comandante do 12º BPM (Niterói) e com a prefeitura. Mas os comerciantes esperam que haja uma atitude mais efetiva, como o aumento do número de policiais na cidade.

“Queremos atitudes mais efetivas, como o aumento de 500 a 800 policiais para o 12º BPM, e que seja apenas para Niterói. A cidade vem perdendo o número de policiais e a cidade precisa ser tratada como uma cidade grande. No ano passado, a cidade fez sua manifestação, houve uma modificação pontual, mas depois os policiais voltaram para a capital”, reclamou Tauil da falta de regularidade na manutenção do efetivo policial em Niterói.

Tauil também pede a instalação de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na cidade. Ele destaca que a constante troca de comandantes da PM na cidade – foram dez desde 2008 – atrapalha o trabalho da segurança.

“É como uma empresa. Quando você tem uma diretriz, um trabalho a ser feito, e com menos de um ano o comando é mudado, o trabalho a ser feito, a integração com a população se perde. O comércio pede que o novo comandante permaneça pelo menos dois anos no batalhão”, disse Tauil, destacando que os comerciantes correm riscos, pois saem para trabalhar e não sabem se voltam.

 

Jornal Folha do Rio.