Com seguidas lesões, Valencia joga menos que Deco nos últimos 2 anos.

O Fluminense conta com sete volantes no elenco. Jean está machucado. Diguinho recupera a forma após lesão. Restam Edinho, Fábio Braga, Rafinha e Willian. Mas falta alguém nessa lista. É Valencia. Aliás, cadê o Valencia? Desde o fim de 2011, ele parece sumido aos olhos dos tricolores. Foram lesões em sequência, convocações para a seleção da Colômbia e poucas participações. Atualmente entregue à preparação física, não está totalmente recuperado de em um problema na panturrilha. Precisará de alguns dias para voltar a ter condições de atuar.

Valencia está entregue à fisioterapia, ainda sem treinar com bola.

O JORNAL então levantou os números de Valencia, considerando as vezes em que foi relacionado para as partidas, mesmo que não entrasse em campo, e é possível visualizar uma queda considerável no seu aproveitamento. Prova disto é que, desde 2012, quando passou a conviver repetidamente com problemas musculares, ficou disponível para os treinadores menos vezes que Deco, que se aposentou no fim de agosto por não conseguir mais suportar a rotina diária com as seguidas lesões. Valencia chegou a esboçar uma reação, viajou para a intertemporada do time nos Estados Unidos, em junho, mas voltou a se machucar.

- Ele ficou triste quando soube dessa lesão (a segunda no ano na panturrilha) porque estava completamente animado para voltar, ainda mais que tinha a parada do Brasileiro (para a Copa das Confederações), e ele poderia atuar. Ele via a oportunidade de jogar com a chegada do Luxemburgo, e o preocupa o risco de perder o sonho de jogar a Copa do Mundo no Brasil (em 2014) - contou o empresário Pablo Miranda.

Se forem consideradas as duas últimas temporadas, Deco entrou em campo em 51 oportunidades. E Valencia foi relacionado para 41 - foram considerados apenas jogos oficiais, portanto, o amistoso com o Orlando City não consta na lista. Por 27 vezes entrou em campo e ficou 14 no banco, sem ser utilizado durante os 90 minutos. 

Como Abel Braga tinha em Edinho seu homem de confiança, Valencia passou a perder espaço ainda em 2011. Naquela temporada, ano em que Abel assumiu a equipe, já havia desfalcado o time por 12 rodadas do Brasileiro com problema na coxa esquerda. Sentir a coxa não era novidade, pois na sua passagem pelo Atlético-PR o problema já havia aparecido. A dor de cabeça maior foi quando a panturrilha resolveu fraquejar, em 2012, durante a Série A. 

Na atual temporada, ela voltou a reclamar, e Valencia jogou somente sete vezes - em outras três oportunidades ficou no banco. Já Deco atuou em 15. ​Levados em consideração os números absolutos, desde que os dois chegaram, no meio de 2010, Valencia foi relacionado para mais partidas do que a quantidade em que Deco entrou em campo: 106 a 92. Porém, o colombiano atuou, seja de titular ou durante o jogo, 82 vezes.

- Acreditamos que é azar, infelizmente algo que não saiu bem. Não é problema crônico, pois ele nunca tinha tido nada na panturrilha, somente na coxa. Na última vez que foi convocado (para a Colômbia, em março) passou o tempo só tratando - reforçou Pablo Miranda.

Entre estiramento na coxa esquerda, na coxa direita e na panturrilha, o colombiano vive uma condição física limitada. No meio do ano chegou a ser sondado pelo Cruz Azul, do México, mas o negócio não evoluiu. A reportagem tentou entrar em contato com o departamento médico do clube, que não pôde falar da situação. A assessoria de imprensa disse que jogador lesionado no Fluminense não concede entrevistas.

Veja os jogos que Valencia ficou fora em 2013 e os motivos: