Com a corda no pescoço, Brasil vai para o tudo ou nada contra a Jamaica.
03/09/2013 10:54Nem nos seus piores pesadelos os brasileiros poderiam imaginar que o jogo contra a Jamaica, teoricamente o mais fácil do grupo A, seria de vida ou morte para as pretensões do Brasil na Copa América de Caracas. Mas após perder seus três primeiros jogos na Venezuela, só resta à seleção brasileira vencer os jamaicanos, nesta terça-feira, às 21h (horário de Brasília), para alcançar a segunda fase da competição e continuar sonhando com uma das quatro vagas em disputa para o Mundial da Espanha, no ano que vem. O que parecia uma situação perfeita para o técnico Rubén Magnano dar um descanso para os titulares virou uma verdadeira decisão.
- Com certeza não poderíamos imaginar que isso aconteceria. Em 13 anos de seleção eu jamais havia perdido do Canadá ou do Uruguai. E do jeito que estamos jogando não dá nem para dizer que vamos ganhar da Jamaica. É difícil de explicar essa situação. Sabemos que estamos jogando sem a atitude e a vibração que estamos acostumados e temos conversado bastante sobre isso, mas infelizmente as coisas não estão funcionando em quadra – analisou, com extrema sinceridade, o ala Alex.
Caso vença a Jamaica e avance, o Brasil deverá enfrentar México, Venezuela, República Dominicana e Argentina, prováveis classificados no grupo B. Mas como não levará a vitória sobre a Jamaica – que estará eliminada –, adiante, a seleção entrará na segunda fase sem nenhum resultado positivo e apenas três pontos, o que obrigará a equipe de Rubén Magnano a vencer todos os quatro jogos e, talvez, ainda precisar torcer por uma combinação de resultados. Um desempenho que dificultaria ainda mais a conquista de uma das vagas para o Mundial.
Para tornar a tarefa da seleção brasileira ainda mais dramática, o técnico Rubén Magnano deverá ter três problemas para o jogo contra os jamaicanos: os pivôs Caio Torres e Rafael Hettsheimeir e o ala Arthur, que sentiram lesões contra os uruguaios.
- O Arthur sentiu uma dor no posterior da coxa esquerda, um lugar que ele já vinha se queixando. É uma dor pontual. O Rafael teve uma entorse no tornozelo esquerdo. Não tem muito edema e o exame não constatou nenhuma fratura. Já o Caio vinha sentindo dores na região dorsal, que pioraram bastante no voo de San Juan para Caracas. Com a tensão toda do jogo ele ficou com a musculatura toda contraída. Os três estão em tratamento, mas a situação é complicada e eles são dúvida – afirmou o médico da seleção, Alexandre Vergete.
Capitão da seleção brasileira, Marcelinho Huertas sabe que daqui em diante o Brasil entrará em quadra com a corda no pescoço. No entanto, o armador disse que é hora de união e lembrou que são nessas horas que as oportunidades aparecem e os grandes jogadores surgem.
- Parece que o time todo está sentindo o peso dessas derrotas e não está sabendo virar a página. Com certeza é o momento mais difícil que estou vivendo na seleção, mas é hora de casa um assumir sua responsabilidade. Com os problemas do Rafael e do Caio, teremos que contar com o JP Batista e o Felício. Sabemos que ele ainda é um garoto, mas são nessas horas que as oportunidades aparecem. Temos uma trajetória complicada pela frente, mas temos que pensar primeiro na Jamaica. Será vida ou morte para gente – alertou Marcelinho.
Jornal Folha do Rio.