Atletas do Bota minimizam invasão: "Cobrança interna é muito maior".

10/06/2016 13:25

Diogo diz que conversa com membros de organizada foi pacífica e afirma que grupo se cobra internamente. Calejado, Airton ressalta que protestos fazem parte do futebol


Diogo Barbosa Botafogo (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)Diogo Barbosa Botafogo (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)

Passados dois dias da invasão de membros de uma torcida organizada a General Severiano, o elenco do Botafogo aparenta estar recuperado do susto. Desde a manhã de quarta-feira concentrado no Cefat, em Várzea das Moças, o grupo encontrou paz para trabalhar. No entanto, ao menos no discurso, o protesto já é passado. As cobranças persistem entre os próprios atletas, incomodados com a última colocação no Campeonato Brasileiro.

- A cobrança sempre existe. Estamos no Botafogo. É um time grande, acostumado a vencer. A equipe começou a não vencer e a não jogar bem. Os torcedores foram lá, falaram o que pensavam, de forma pacifica. Mas a cobrança interna é muito maior. A gente se cobra muito. Sabemos que podemos render mais, como no início da temporada. Conversamos sobre isso nas nossas rodinhas. As coisas tendem a melhorar nessa semana, que foi uma semana cheia para treinar – disse Diogo Barbosa que, recuperado de lesão, deve ser uma das novidades de Ricardo Gomes para a partida contra o Vitória, no domingo. 

Um dos poucos remanescentes do time rebaixado em 2014, Airton já é calejado com manifestações de torcedores. Para o volante, o ocorrido não afetou o grupo. 

- A gente está em um clube muito grande como o Botafogo. A cobrança existe a toda hora. Essa é a profissão que escolhemos e temos que saber conviver com isso – ponderou Airton. 

Membros de organizada conversaram com Cacá Azeredo, vice de futebol (Foto: Marcelo Baltar/ GloboEsporte.com)Membros de organizada invadiram General Severiano na terça (Foto: Marcelo Baltar/ GloboEsporte.com)



Na última terça-feira, durante treino em General Severiano, cerca de 20 membros de uma torcida organizada pularam as catracas do clube e invadiram o gramado. Como os jogadores realizavam treinos físicos em uma área anexa, em um primeiro momento os torcedores tiveram contato apenas com o vice de futebol, Cacá Azeredo. No entanto, após insistirem, conversaram e cobraram os atletas. Não houve agressão, mas o presidente Carlos Eduardo Pereira classificou o ato como "inadmissível".

O Botafogo volta a treinar na manhã desta sexta-feira em Várzea das Moças. O elenco ficará concentrado no local até sábado. No domingo, às 11h, a equipe enfrenta o Vitória, no Raulino Oliveira, em Volta Redonda.  Na última colocação, com quatro pontos, o Alvinegro espera aproveitar a sequência de dois jogos em casa (Vitória e América-MG) para sair dessa situação.