Atleta do tiro com arco lembra banho frio em Londres e elogia Vila do Rio.

Instalados na Vila dos Atletas desde domingo, atletas do tiro com arco do Brasil tiveram uma ótima primeira impressão do local. Sem maiores problemas nos apartamentos que ocuparam – apenas com a ressalva de que a limpeza poderia estar melhor -, eles se impressionaram com a grandiosidade da estrutura. O grande número de operários envolvidos em reparos nos prédios vizinhos também chamou atenção, mas o arqueiro Daniel Rezende ponderou que tais questões são comuns nos primeiros dias. Representante do Brasil em Londres 2012, ele lembrou que teve que tomar banho frio há quatro anos.

- Em Londres tivemos problemas nos primeiros dias. No meu apartamento estava sem água quente. São coisinhas normais de apartamentos novos, que não estavam sendo usados. Religa no outro dia, tem a pessoa para chamar. A gente está bem focado mesmo na competição que vai ter. nosso foco não é muito essa parte da estrutura. Claro que faz diferença uma estrutura sem percalços no caminho, mas estamos focados em competir bem – disse Daniel.

Daniel Rezende teve que tomar banho frio nos primeiros dias em que passou na Vila de Londres (Foto: Helena Rebello)

Principal nome da delegação brasileira, Marcus D’Almeida é estreante nos Jogos e não tem parâmetros de comparação. Mas, pelo que já explorou da Vila do Rio, ficou satisfeito.

Marcus D'Almeida é maior esperança do tiro com arco brasileiro no Rio (Foto: Zeca Azevedo)

- Não fui a Londres, então não posso comparar. Mas o que eu sempre quis é manter a minha rotina, e estou conseguindo manter. O departamento médico está funcionando e consigo fazer minha fisioterapia, meu quarto tem água quente e tudo funcionando. Então, para mim, está tudo perfeito. Os ônibus estão rodando certo e a rotina está certa. Não tenho o que reclamar.

Na opinião de Daniel, a Vila da Rio 2016 é muito mais imponente do que a britânica.

- Aqui tem uma estrutura muito maior do que Londres. Esses jardins que foram feitos na área de convivência. Lá em Londres tinha prédios, área de convivência menor, o restaurante era grande, mas esse é muito maior. A gente está até meio que deslumbrado porque é uma vila bem maior. 

Bernardo Oliveira, outro integrante da equipe masculina, destacou a quantidade de profissionais dedicados aos reparos.

- Dentro da vila a gente não tá nem 24h, mas vemos muita gente que está para trabalhar e resolver problemas que tenha nos outros prédios. Chamou atenção. Tenho certeza que daqui a dois e três dias estará perfeito. No nosso prédio é terminar a limpeza. A gente chegou ontem e já tinha um batalhão de gente trabalhando na limpeza, e de noite já estava tranquilo.

Generalista da equipe de ginástica artística do Brasil, Sergio Sasaki fez coro à equipe de tiro com arco e afirmou que para o "padrão de vida" que possui, as acomodações atendem perfeitamente.

- Está tudo normal ao meu ver. Isso é da parte deles. Estou mais preocupado com as instalações dentro da ginástica, que são os aparelhos. Fora (disso), não preciso de tanto luxo. Com o que vi aqui está ótimo, de bom tamanho. Dá para ficar muito bem instalado. Está tudo bom, nada que não dê para acomodar. Não tenho nenhuma reclamação de Londres e nem daqui, estruturas normais. Talvez (pese mais para) pessoas que têm outro padrão de vida, mas para o que eu vivo está normal.