Artilharia pesada e variada: 15 atletas já marcaram pelo Botafogo em 2015.

Um time batalhador, sem medalhões, cuja maior estrela é o goleiro. Esse é retrato do Botafogo atual. Passando por séria crise financeira e com baixo orçamento, diretoria e comissão técnica apostaram em jogadores ainda pouco badalados, mas que tiveram bons desempenhos por clubes de menor expressão na temporada passada. A receita está dando certo, e o resultado é um grupo homogêneo. A alta rotatividade entre os titulares e o número de jogadores que foram às redes no ano provam a tese. Dos 34 gols em 2015, 15 foram de jogadores diferentes. E ainda teve o gol contra de Paulo Henrique, do Nova Iguaçu.

- Temos 28 jogadores de linha, com 15 fazendo gols. Isso mostra a qualidade do elenco. Todos os contratados jogaram. Isso é outro ponto importante – apontou o técnico René Simões.  

O último a marcar foi o Willian Arão. Autor do gol alvinegro na derrota para o Fluminense, o volante, que disputou todas as 18 partidas do Botafogo na temporada, vinha buscando seu primeiro gol com a camisa alvinegra. 

- Foi um momento marcante na minha carreira. Vinha buscando esse gol. Quando eu menos desejei, ele apareceu. Fiquei muito feliz com esse gol, por ser no Maracanã, em um clássico, e em um momento importante - comemorou Willian Arão. 

Dupla entrosada

Reserva no início do Campeonato Carioca, Jobson ganhou espaço com a lesão muscular de Rodrigo Pimpão e tornou-se o artilheiro do time na Taça Guanabara, com seis gols. Bill, por sua vez, é quem mais marcou na temporada. Com dois gols pela Copa do Brasil, o camisa nove soma sete com a camisa do Botafogo.

Jobson e Bill: dupla é responsável por 13 dos 34 gols do Botafogo na temporada (Foto: Vitor Silva / SS Press)

Em campo, a dupla se entendeu bem. Enquanto Bill contribuiu com duas assistências para Jobson, o camisa 7 retribuiu com três passes para gols do centroavante. O entrosamento rendeu aos dois os apelidos nas redes sociais de “Bill Gates” e “Steve Jobson”. 

Contribuição da defesa

O Botafogo tem a segunda melhor defesa do Campeonato Carioca (onze gols sofridos), mas os zagueiros também têm contribuído na frente. Roger Carvalho (3) e Renan Fonseca colaboram com gols importantes,  quase sempre usando a cabeça em jogadas de bola parada.
 
- Todos fazem gols na nossa equipe. Não temos só um artilheiro. Não jogamos em função de ninguém. O importante é que todos estão marcando gols e ajudando o Botafogo – disse o zagueiro Renan Fonseca.

 

Cobranças de faltas são a especialidade de Carleto. Foi dessa forma que o lateral marcou seus dois gols com a camisa do Botafogo. O último, contra o Madureira, em chute que atingiu 130 Km por hora. As cobranças de pênaltis, por sua vez, couberam a Bill. Foram três na temporada. O artilheiro desperdiçou contra o Barra Mansa, mas se redimiu diante de Botafogo-PB (Copa do Brasil) e Madureira.