Após críticas, dirigente do Botafogo lamenta baixos públicos no Engenhão.
22/10/2015 13:35A inesperada derrota por 1 a 0 para o Ceará, em casa, na noite desta terça, deixou muito alvinegro de cabeça quente. Na manhã desta quarta, muitos torcedores, em redes sociais, cobraram o desempenho do time. Alguns, no entanto, ouviram o que não queriam. O vice de Comunicação, Márcio Padilha, contestou o baixo público na partida do Nilton Santos (6.736 pagantes) e resumiu: sem arrecadação não se pode montar um bom time.
- A gente não quer culpar o torcedor, não existe isso. Ninguém está culpando a torcida. Mas o torcedor só pode cobrar se der algo em troca. É aquele efeito tostines. Não entra dinheiro porque o time não é o ideal, ou o time não é o ideal porque não entra dinheiro. Sem ovos não se faz omelete. Ontem, com o time líder, vindo de uma vitória por 4 a 0, tivemos 7 mil pessoas no estádio. Ninguém sabia que o time iria jogar mal. Sabemos que estamos no final do mês, o torcedor tem sua família para sustentar e seus compromissos a honrar. Mas toda a arrecadação é necessária para o Botafogo. Nossos borderôs são todos vermelhos. Pagamos para jogar todos os jogos – lamentou Padilha, em contato por telefone com o GloboEsporte.com.

Nas redes sociais, torcedores também enviaram mensagens reclamando da equipe, dos preços de ingressos praticados no Nilton Santos e até da comida do estádio. Padilha argumentou que o time é líder da Série B, reconheceu as dificuldades financeiras do clube, mas previu dias melhores em 2016.
- Mesmo sem dinheiro, o Botafogo é o líder. Estamos trabalhando. Criamos uma série de atrativos para o Programa Sócio Torcedor, temos agora o cartão de credito, o Botafogo Digital... tudo para poder gerar dinheiro novo. Com a mídia tradicional (o Botafogo não teve patrocínio master neste ano) está difícil. Mas na Série A, com certeza, as coisas vão melhorar. Jogaremos às quartas e domingos, com transmissão da TV aberta. Isso ajuda a fazer um planejamento.
No Twitter, Márcio Padilha ainda cutucou a antiga gestão do ex-presidente Maurício Assumpção.
- A antiga gestão torrou 180 milhões ano passado e nos entregou o clube na Série B.