Antes de viajar à Europa, Dilma reúne ministros da junta orçamentária.

Horas antes de embarcar para a Europa, onde cumprirá agenda nos próximos dias, a presidenteDilma Rousseff chamou na tarde desta sexta-feira (16) ao Palácio da Alvorada, residência oficial, os ministros da chamada Junta Orçamentária do governo: Jaques Wagner (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).

 

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O encontro não constava da agenda oficial da presidente, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, mas foi incluído pela a Secretaria de Imprensa da Presidência no início da tarde.

Nesta quinta (15), Wagner, Levy e Barbosa passaram cerca de duas horas reunidos no gabinete da Casa Civil, no quarto andar do Palácio do Planalto. Os três deixaram a reunião sem falar com a imprensa. Wagner, porém, disse rapidamente que eles haviam tratado do Orçamento deste ano.

De acordo com o Blog do Camarotti, na reunião no Planalto, foi avaliada entre os ministros a necessidade de déficit no Orçamento neste ano, que pode chegar a até R$ 20 bilhões. A última projeção era de um superávit de 0,15%.

Segundo o Blog, para manter o superávit anterior, era preciso algumas receitas que não se confirmaram, inclusive a que seria obtida com a aprovação do projeto de repatriação de recursos legais de brasileiros no exterior. A matéria sequer foi votada pelo Congresso Nacional.

Fitch
A reunião entre Dilma e os ministros  da Junta Orçamentária ocorre um dia após a agência de risco de Fitch rebaixar a nota do Brasil de “BBB” para “BBB-”. A perspectiva foi mantida em negativa, o que significa que o país pode voltar a ser rebaixado em um futuro próximo.

A nota "BBB-" é a última dentro do chamado grau de investimento, espécie de selo de país bom pagador de sua divida. De acordo com a Fitch, o rebaixamento reflete o crescente peso da dívida do governo do Brasil, o aumento dos desafios para a consolidação fiscal e a piora do cenário para o crescimento econômico.

"O governo brasileiro tem adotado uma série de medidas de controle da inflação e reequilíbrio fiscal que contribuirão para estabilizar a dívida pública e recuperar o crescimento da renda e do emprego nos próximos anos", rebateu a Secretaria de Imprensa da Presidência nesta quinta, ao destacar também citou que o Brasil "é um dos principais destinos de investimento estrangeiro".

Viagem à Europa
Dilma embarcará na noite desta sexta-feira para a Escandinávia, região do norte da Europa, com o objetivo de ampliar a cooperação comercial do Brasil com a Suécia e a Finlândia, informou o Ministério das Relações Exteriores.

De acordo com o Itamaraty, a visita à Suécia tem como objetivo “dinamizar” as relações bilaterais, por meio da adoção do “Novo Plano de Ação da Parceria Estratégica”, e discutir a cooperação em áreas como investimentos, comércio, energia renovável e educação.

Como tem feito em viagens ao exterior, Dilma terá encontros com empresários brasileiros dispostos a abrir negócios no país europeu e se reunirá com investidores suecos a fim de apresentar a eles oportunidades no Brasil.