Titular nos últimos dez jogos do Fluminense, Anderson dá a impressão de finalmente ter se recuperado das inúmeras lesões que o atormentaram em seus dois anos de clube. Após dois problemas na coxa em 2013, o defensor aproveitou a brecha dada por Digão e Leandro Euzébio, que se machucaram, e conquistou a vaga na defesa do Flu ao lado de Gum. Embora visto com desconfiança pela torcida, que já o vaiou em alguns jogos, o atleta afirma que só o fato de não estar mais dentro do departamento médico é um alívio.
- Fico feliz por estar em campo, sem lesão. Dá um alívio muito grande ter uma sequência boa. Voltei a ter um ritmo de jogo muito bom e agora sei que vou melhorar mais ainda para ajudar meus companheiros, sempre com esse intuito de continuar vencendo. A gente fica feliz pela confiança do professor.
A confiança que Vanderlei Luxemburgo deposita no jogador, mantido no time mesmo após a recuperação de Leandro Euzébio, é a mesma que o antigo treinador Abel Braga tinha. Após a demissão no Fluminense, o ex-técnico, que indicou Anderson, teceu elogios ao zagueiro.
No entanto, o relacionamento com o torcedor do Flu não é dos mais fáceis. Na última derrota do time, por 2 a 0, no Maracanã, para o Santos, Anderson foi vaiado. O mesmo ocorreu com outros jogadores mais experientes, como o volante Edinho e o meia Wagner.
- Senti que fui vaiado. Mas sabemos que o torcedor vive de emoção, sabe que quando a fase estava ruim eles estavam vaiando, mas logo depois de dois jogos você vê que as coisas mudam. É resultado, né? Não vou dizer que não ficamos tristes. Ficamos sim, porque estamos aqui todo dia para trabalhar. Eu me lembro muito bem do jogo contra o Santos, que a gente foi bastante vaiado. Fiquei triste, mas levei como superação para trabalhar mais ainda e poder dar a volta por cima.
Anderson retornou ao Fluminense no triunfo por 1 a 0 contra o Náutico, em Pernambuco, no dia 17 de agosto. Desde então, participou de dez partidas como titular, sendo nove pelo Brasileiro e uma pela Copa do Brasil. Foram quatro vitórias, três empates e três derrotas. Em dois anos de Laranjeiras, foram 55 partidas e cinco gols marcados.
Jornal Folha do Rio.