Acerto com Flu e permanência de Fred: as interrogações de Celso Barros.

04/12/2014 12:27
 
Celso Barros Eleição Fluminense (Foto: Edgard Maciel)Celso Barros não garante continuidade da patrocinadora.

O tom das respostas faz a dúvida aumentar. O presidente da Unimed, Celso Barros, não mostra o mesmo otimismo do presidente do Fluminense, Peter Siemsen, para falar sobre o futuro da parceria. Celso diz que ainda não há decisão sobre continuidade ou ruptura, mas avisa que ela provavelmente sairá antes de 15 de dezembro, novo prazo estabelecido para o anúncio – o anterior era 30 de novembro.

- Daqui a uns dias vocês vão saber se a empresa vai ficar ou não. Acabou. O dia não é hoje. Não sei se vai ser sexta, se vai ser semana que vem. Não sei. Não decidi. A definição não está tomada ainda. Não é o meu desejo, mas o desejo da empresa. Como mandatário da empresa, me submeto ao desejo dos conselheiros e diretores – disse ao GloboEsporte.com.

Ele tem um contrato de mais um ano. Se tiver uma proposta agora, que seja boa para o Fluminense, ele sai. Se não tiver, tem que ficar até o fim de 2015".  
Celso, falando de Fred

O contrato entre Fluminense e Unimed vai até o fim de 2016, mas a cada virada de ano é reavaliado e pode ser até rompido se uma das partes desejar. Peter e Celso debatem um novo formato para 2015, inclusive com a possibilidade de entrada de uma nova patrocinadora. O presidente da cooperativa de médicos não entra em detalhes sobre as negociações. Ao longo de todo o ano, as partes tiveram atritos. Questionado se a direção tricolor deveria ter procurado mais seu patrocinador em 2014, Celso mostra uma ponta de insatisfação.

- Talvez quando a gente colocar a nossa posição (manter ou não o patrocínio) eu responda a sua pergunta.

Ele tem acompanhado o noticiário do Fluminense. Viu e ouviu as entrevistas de Fred após a vitória sobre o Corinthians, domingo passado, no Maracanã. Na ocasião, o camisa 9 escancarou os problemas financeiros do clube, fez críticas aos dirigentes e levantou dúvida sobre sua permanência. Celso Barros informa que a saída do atacante não é tão simples, mas deixa a porta entreaberta.

- Ele tem um contrato de mais um ano. Se tiver uma proposta agora, que seja boa para o Fluminense, ele sai. Se não tiver, tem que ficar até o fim de 2015. Tem que ser boa para o clube, e o clube tem o acordo com a Unimed, pelo investimento que fez, que 80% dos direitos (econômicos) seriam da Unimed Participações. Se ele tiver uma proposta boa, que o Fluminense considere boa, e nós também, ele pode sair – frisou.

A expectativa nossa era ir para o G-4. Minha, né, enquanto tricolor e patrocinador. Nada disso aconteceu. Então, eu acho que pelo grupo que nós tivemos, se nós vamos ficar em quinto, sexto, sétimo, depende de resultados, é uma colocação honrosa, mas não era o que a gente esperava". 
Celso, frustrado por não ir à Libertadores

O Fluminense é dono de 20% dos direitos econômicos do jogador. A Unimed fica com os outros 80%. Celso Barros estabelece € 5 milhões (cerca de R$ 15,1 milhões) como ponto de partida para negociar Fred, com boa possibilidade de redução, principalmente depois da Copa do Mundo. Foi por esse preço que a patrocinadora comprou a maior fatia dos direitos econômicos do camisa 9.

Sem chances de chegar à Libertadores, o Fluminense tem só mais um jogo no Brasileiro. Domingo, enfrenta o Cruzeiro, às 17h, no Mineirão. Caso vençam os mineiros e permaneçam na quinta posição (hoje têm 61 pontos), os cariocas automaticamente garantem uma vaga direta nas oitavas de final da Copa do Brasil do ano que vem. Pouco para Celso Barros.

- A expectativa nossa não era essa. Expectativa nossa é disputar a Copa do Brasil e não perder de cinco para o América de Natal no Rio. A nossa expectativa era disputarmos a Sul-Americana e não perder para o Goiás na primeira rodada. A expectativa nossa era ir para o G-4. Minha, né, enquanto tricolor e patrocinador. Nada disso aconteceu. Então, eu acho que pelo grupo que nós tivemos, se nós vamos ficar em quinto, sexto, sétimo, depende de resultados, é uma colocação honrosa, mas não era o que a gente esperava. Tem muitos motivos, opções pessoais do presidente, não vou discutir isso. Não interessa ficar discutindo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jornal Folha do Rio.